Quem não gosta de ouvir uma boa história, não é verdade? A prática, historicamente utilizada pelas sociedades como forma de entretenimento e transmissão de cultura, foi adaptada pelas marcas até chegar ao digital storytelling.
Então, empresas usam narrativas para envolver seu público e se conectar a ele, gerando mais proximidade e bom relacionamento. Como resultado, a contação de histórias colabora para a divulgação e promoção do negócio, contribuindo indiretamente para as vendas.
Agora, a tecnologia surge para aperfeiçoar o storytelling e, assim, as narrativas se tornam cada vez mais ricas e atrativas ao público-alvo. Então, recursos textuais e audiovisuais podem ser usados com criatividade e persuasão para encantar e converter clientes.
Quer conhecer detalhes sobre o digital storytelling e como ele pode gerar melhores resultados ao negócios? Então, veja estes tópicos que serão abordados nos próximos minutos:
- O que é digital storytelling?
- Estruturas narrativas para digital storytelling;
- Exemplos de digital storytelling;
- O que forma um bom digital storytelling nos negócios?
- Por que usar o digital storytelling em sua empresa?
- Quero aplicar o digital storytelling em minha empresa – o que faço?
Boa leitura!
O que é digital storytelling?
Storytelling é a técnica de contação de histórias aplicada a marcas, com o fim de vender produtos e serviços. Suas táticas podem ser mais sutis ou objetivas, segundo a estratégia adotada, mas visam o convencimento do público sobre algo relacionado à marca.
Nesse sentido, o digital storytelling se trata de uma narrativa contada no universo da web usando-se de recursos digitais para os seus objetivos.
O ser humano, como ser social, utiliza a contação de histórias desde tempos pré-históricos como comunicação e compartilhamento de informações. Ao longo dos milênios, a prática foi aperfeiçoando-se, ganhando novos recursos técnicos — como textos escritos, música e imagens.
Muito mudou na era da transformação digital, que especialistas consideram ser a 4ª Revolução Industrial. Novas tecnologias e ferramentas são criadas e rapidamente inseridas ao ambiente de trabalho e à sociedade.
A contação de histórias, que resistiu por milênios, mantém-se forte e sobrevive a mais essa mudança. Agora, entretanto, ela utiliza novos instrumentos para atrair a atenção de seus ouvintes/espectadores e encantá-los.
Chegamos, então, ao digital storytelling, em que as marcas exploram recursos audiovisuais modernos para criar e divulgar narrativas para o seu público-alvo.
Assim, a criação de histórias, sua ilustração e compartilhamento em diferentes canais — como sites, redes sociais e comunidades online — torna-se mais diversificada e tecnológica.
Ainda que os meios sejam digitais, a busca por proximidade e conexão das pessoas permanece bastante humana. Portanto, o desafio do digital storytelling é usar a tecnologia de maneira humanizada para se conectar com seu público.
Estruturas narrativas para digital storytelling
Você pode se perguntar: “como faço para contar histórias relacionadas a meu negócio?”.
Existem estruturas que colaboram com a construção de boas narrativas; as principais são:
Esquema de 3 atos de Aristóteles
Trata-se de um modelo simples, mas bastante eficaz de narrar; ele é constituído por:
- introdução: a situação está tranquila, até que algo acontece e gera perturbação;
- confrontação: surge o desejo de retomar ao momento anterior à desordem;
- resolução: a perturbação foi neutralizada, com possibilidade de retorno à situação inicial.
O modelo pode se desdobrar em mais atos e aumentar a complexidade da narrativa. O esquema de Gustav Freytag é um exemplo disso, sendo desenvolvido em: introdução; complicação; clímax; resolução; e conclusão.
Jornada do herói
Também conhecida como “monomito”, a estrutura foi apresentada no livro “O Herói de Mil Faces”, de Joseph Campbell. Ela traz diferentes fases à contação de história e pode variar em número de passos, mas, no geral, ela passa pelas seguintes etapas:
- mundo comum;
- o chamado para a aventura;
- a recusa ao chamado;
- encontro com mentor;
- a primeira travessia;
- testes, aliados e inimigos;
- preparação para grande mudança;
- provação, na tentativa de grande mudança;
- recompensa da provação (positiva ou negativa);
- caminho de volta;
- ressurreição – ou a batalha final;
- domínio final do grande problema.
Dessa forma, você pode utilizar uma dessas e de outras estruturas para transmitir a história da marca.
Exemplos de digital storytelling
Agora, vamos ver como o digital storytelling pode ser praticado. A seguir, trouxemos alguns exemplos; confira:
1 – Dove: Retratos da Beleza
A marca de cosméticos fez uma campanha em que pedia que mulheres descrevessem a si mesmas a um desenhista profissional. Em seguida, elas eram descritas por outras mulheres com as quais haviam se encontrado mais cedo.
A finalização do vídeo se dá com a comparação de resultados dos desenhos. As personagens desenhadas percebem como a sua autoimagem estava distorcida e que precisam ser mais gentis consigo mesmas.
Segundo a própria marca:
“Dove assumiu o compromisso de incentivar uma autoestima positiva e inspirar mulheres e meninas a atingir seu potencial máximo. Por isso, realizamos uma experiência que comprova algo muito importante: Você é mais bonita do que pensa”.
Veja detalhes da campanha Dove: Retratos da Real Beleza:
2 – Johnnie Walker
Como contar uma longa história sobre a marca sem torná-la cansativa? Esse foi o desafio de digital storytelling da indústria escocesa de uísque para narrar o seu caminho que a levou até a fama.
Para isso, a marca usou o seu próprio símbolo para criar uma dinâmica atrativa e fixante: o Johnnie Walker (ou, Johnnie “caminhante”). Então, durante todo o vídeo, o próprio “Johnnie” conta o histórico da marca fazendo uma longa caminhada.
Confira a campanha de Johnnie Walker — O homem que andou ao redor do mundo:
3 – Coca-Cola
A marca de refrigerantes mais valiosa do mundo já é conhecida pelas suas propagandas emocionantes de Natal. Ano após ano, a Coca-Cola explora a época para reforçar o seu posicionamento como a bebida feita para as reuniões sociais.
Com a descrição de “Quando nós estamos juntos, isso tem gosto de magia!”, o vídeo a seguir explora um mix de emoções e sensações com a data comemorativa.
Assista: O Natal sempre encontra o caminho | Coca-Cola:
O que forma um bom digital storytelling nos negócios?
Segundo pesquisa realizada por Lukso e divulgada por Meio e Mensagem, os consumidores consideram as histórias mais chamativas como:
- inspiradoras (44%);
- emocionantes (20%);
- informativas (13%);
- entre outras características.
Entretanto, será que basta gerar inspiração e emocionar o público para que ele seja convertido etapas à frente do processo de compra?
Alguns fatores precisam ser considerados durante a construção do digital storytelling a fim de fazer com a audiência seja atraída e persuadida. Confira:
Objetivo claro e história
O primeiro passo trata sobre o objetivo da campanha; é preciso ser claro sobre os resultados esperados e como eles podem ser mensurados.
Outro ponto está relacionado à narrativa, em si: o que a marca tem a contar? A história é realmente boa? Ela tem potencial de atração?
Nesse sentido, a mensagem transmitida durante o digital storytelling deve ser clara e envolvente, fazendo com que o público a entenda e, ao mesmo tempo, seja envolvido por ela.
Uso de antagonistas
Durante a construção da narrativa, é possível criar oposições que sejam favoráveis à empresa — afinal, o antagonista ou o “vilão” da história gera um contraste que reforça os aspectos positivos da marca. Então, seja cuidadoso e explore o recurso em favor do negócio.
Contexto plausível
Para gerar mais conexão com o público, apresente um contexto crível e que seja facilmente reconhecido por ele. Para isso, capriche nos detalhes e nas informações que possam agregar valor à contação de histórias.
Trabalhe as emoções
As emoções devem ser trabalhadas fortemente durante o desenrolar de toda a narrativa. Alegria, euforia, angústia, diversão, medo, nostalgia, surpresa e triunfo são alguns elementos emocionais que geram atenção, empatia e proximidade com o potencial cliente.
Por isso, use-os como “tempero” para dar mais “vida” à história.
Atente-se à narração
A voz do narrador, o fluxo e o ritmo da contação e até mesmo a trilha sonora podem impactar consideravelmente o resultado do digital storytelling.
Então, identifique uma maneira de apresentar a história que seja mais agradável e instigante a seu público-alvo.
Cuide do tempo da história
Na Era Digital, as pessoas estão cada vez mais impacientes para assistir vídeos longos. Para Kantar Ibope Media, 77% dos jovens de 15 a 19 anos afirmaram que consomem o formato de vídeos curtos mensalmente.
Ainda que o formato de pouca duração seja preferência dos mais novos, é preciso avaliar qual é o tamanho ideal para o seu público, está bem?
Então, analise o perfil da audiência para entender quanto tempo o seu conteúdo de digital storytelling deve ter para prender a atenção da audiência durante a contação da história.
Finalize cumprindo a sua promessa
Por fim, é crucial que a narrativa tenha um desfecho lógico. Você pode, sim, usar elementos-surpresa e gerar um final curioso.
Mas, é importante que a história cumpra a promessa feita durante as suas primeiras etapas — como na introdução, dos três atos ou no chamado para a aventura, da jornada do herói.
Assim, o público terá uma boa finalização da história e vai se sentir mais conectado à marca.
Por que usar o digital storytelling em sua empresa?
Até aqui, você já viu o que é digital storytelling e suas melhores práticas; agora, vamos entender quais são os benefícios que tornam a técnica uma excelente opção para negócios de todos os segmentos.
Gera mais conexão do público com a marca
A transformação digital vem trazendo inúmeros benefícios à sociedade e ao trabalho. A internet pode aproximar pessoas que estão longe fisicamente; no entanto, as relações tendem a se tornar superficiais na web.
Nesse sentido, as pessoas buscam conexões mais aprofundadas com os seus pares; e, ainda, querem relacionamentos com mais sentido entre elas e as empresas.
Chris Anderson, autor do livro “A Cauda Longa”, aponta que o mercado mudou consideravelmente com a digitalização dos processos comerciais.
Antes, os clientes estavam fadados a comprar os best-sellers e lidar com o que estava disponível nas lojas físicas. Agora, é possível encontrar uma diversidade enorme de produtos nas prateleiras virtuais, para todos os gostos.
Assim como a disponibilidade e a variedade de itens mudaram, o comportamento das pessoas frente às ofertas também se alterou ao longo dos anos.
Elas buscam marcas que estejam em consonância com as suas escolhas pessoais e desejam ter relações mais próximas com as empresas.
Então, para ter sucesso na era digital, as organizações precisam apresentar mais do que produtos e serviços; elas têm que se mostrar humanizadas.
O digital storytelling, nesse contexto, é uma ferramenta de ouro para humanizar as marcas e aproximar o seu público-alvo.
Pode ser aplicada a diferentes formatos
Outra vantagem do digital storytelling é que ele pode ser usado em variadas aplicações, bem como ser divulgado em diversos canais.
Uma mesma campanha, no universo digital, tem infinitas possibilidades de formatos como, por exemplo:
- vídeos curtos, médios e longos;
- podcasts;
- artigos;
- imagens e infográficos;
- entre outros.
O digital storytelling pode ser compartilhado em variados canais, como:
- site proprietário e de parceiros;
- anúncios do Google, YouTube, Facebook e outros;
- redes sociais;
- e-mail marketing;
- aplicativos de mensagens;
- comunidades virtuais;
- entre outros.
Além disso, ele tem aplicação tanto na produção de conteúdo para a atração e nutrição de leads e potenciais clientes quanto para persuasão em ações comerciais mais objetivas.
Quero aplicar o digital storytelling em minha empresa — o que faço?
Viu como a técnica pode gerar benefícios à sua marca? Então, se você está decidido a colocar o digital storytelling em prática, faça o seguinte caminho:
- analise a sua própria demanda;
- entre em contato com a Crowd – plataforma de talentos;
- contrate um squad ágil;
- receba o conteúdo finalizado;
- e, pronto!
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