Digital storytelling: o que é e como usar para o seu negócio?

Por Crowd em

12/09/2022 -

Tempo de leitura: 11 min

Quem não gosta de ouvir uma boa história, não é verdade? A prática, historicamente utilizada pelas sociedades como forma de entretenimento e transmissão de cultura, foi adaptada pelas marcas até chegar ao digital storytelling.

Então, empresas usam narrativas para envolver seu público e se conectar a ele, gerando mais proximidade e bom relacionamento. Como resultado, a contação de histórias colabora para a divulgação e promoção do negócio, contribuindo indiretamente para as vendas.

Agora, a tecnologia surge para aperfeiçoar o storytelling e, assim, as narrativas se tornam cada vez mais ricas e atrativas ao público-alvo. Então, recursos textuais e audiovisuais podem ser usados com criatividade e persuasão para encantar e converter clientes.

Quer conhecer detalhes sobre o digital storytelling e como ele pode gerar melhores resultados ao negócios? Então, veja estes tópicos que serão abordados nos próximos minutos:

  • O que é digital storytelling?
  • Estruturas narrativas para digital storytelling;
  • Exemplos de digital storytelling;
  • O que forma um bom digital storytelling nos negócios?
  • Por que usar o digital storytelling em sua empresa?
  • Quero aplicar o digital storytelling em minha empresa – o que faço?

Boa leitura! 

O que é digital storytelling?

O que é digital storytelling

Storytelling é a técnica de contação de histórias aplicada a marcas, com o fim de vender produtos e serviços. Suas táticas podem ser mais sutis ou objetivas, segundo a estratégia adotada, mas visam o convencimento do público sobre algo relacionado à marca.

Nesse sentido, o digital storytelling se trata de uma narrativa contada no universo da web usando-se de recursos digitais para os seus objetivos.

O ser humano, como ser social, utiliza a contação de histórias desde tempos pré-históricos como comunicação e compartilhamento de informações. Ao longo dos milênios, a prática foi aperfeiçoando-se, ganhando novos recursos técnicos — como textos escritos, música e imagens.

Muito mudou na era da transformação digital, que especialistas consideram ser a 4ª Revolução Industrial. Novas tecnologias e ferramentas são criadas e rapidamente inseridas ao ambiente de trabalho e à sociedade.

A contação de histórias, que resistiu por milênios, mantém-se forte e sobrevive a mais essa mudança. Agora, entretanto, ela utiliza novos instrumentos para atrair a atenção de seus ouvintes/espectadores e encantá-los.

Chegamos, então, ao digital storytelling, em que as marcas exploram recursos audiovisuais modernos para criar e divulgar narrativas para o seu público-alvo. 

Assim, a criação de histórias, sua ilustração e compartilhamento em diferentes canais — como sites, redes sociais e comunidades online — torna-se mais diversificada e tecnológica.

Ainda que os meios sejam digitais, a busca por proximidade e conexão das pessoas permanece bastante humana. Portanto, o desafio do digital storytelling é usar a tecnologia de maneira humanizada para se conectar com seu público. 

Estruturas narrativas para digital storytelling

Você pode se perguntar: “como faço para contar histórias relacionadas a meu negócio?”.

Existem estruturas que colaboram com a construção de boas narrativas; as principais são:

Esquema de 3 atos de Aristóteles

Trata-se de um modelo simples, mas bastante eficaz de narrar; ele é constituído por:

  1. introdução: a situação está tranquila, até que algo acontece e gera perturbação;
  2. confrontação: surge o desejo de retomar ao momento anterior à desordem;
  3. resolução: a perturbação foi neutralizada, com possibilidade de retorno à situação inicial.

O modelo pode se desdobrar em mais atos e aumentar a complexidade da narrativa. O esquema de Gustav Freytag é um exemplo disso, sendo desenvolvido em: introdução; complicação; clímax; resolução; e conclusão.

Jornada do herói

Também conhecida como “monomito”, a estrutura foi apresentada no livro “O Herói de Mil Faces”, de Joseph Campbell. Ela traz diferentes fases à contação de história e pode variar em número de passos, mas, no geral, ela passa pelas seguintes etapas:

  1. mundo comum;
  2. o chamado para a aventura;
  3. a recusa ao chamado;
  4. encontro com mentor;
  5. a primeira travessia;
  6. testes, aliados e inimigos;
  7. preparação para grande mudança;
  8. provação, na tentativa de grande mudança;
  9. recompensa da provação (positiva ou negativa);
  10. caminho de volta;
  11. ressurreição – ou a batalha final;
  12. domínio final do grande problema.

Dessa forma, você pode utilizar uma dessas e de outras estruturas para transmitir a história da marca.

Exemplos de digital storytelling

Agora, vamos ver como o digital storytelling pode ser praticado. A seguir, trouxemos alguns exemplos; confira:

1 – Dove: Retratos da Beleza

A marca de cosméticos fez uma campanha em que pedia que mulheres descrevessem a si mesmas a um desenhista profissional. Em seguida, elas eram descritas por outras mulheres com as quais haviam se encontrado mais cedo.

A finalização do vídeo se dá com a comparação de resultados dos desenhos. As personagens desenhadas percebem como a sua autoimagem estava distorcida e que precisam ser mais gentis consigo mesmas.

Segundo a própria marca: 

Dove assumiu o compromisso de incentivar uma autoestima positiva e inspirar mulheres e meninas a atingir seu potencial máximo. Por isso, realizamos uma experiência que comprova algo muito importante: Você é mais bonita do que pensa”.

Veja detalhes da campanha Dove: Retratos da Real Beleza:

2 – Johnnie Walker

Como contar uma longa história sobre a marca sem torná-la cansativa? Esse foi o desafio de digital storytelling da indústria escocesa de uísque para narrar o seu caminho que a levou até a fama.

Para isso, a marca usou o seu próprio símbolo para criar uma dinâmica atrativa e fixante: o Johnnie Walker (ou, Johnnie “caminhante”). Então, durante todo o vídeo, o próprio “Johnnie” conta o histórico da marca fazendo uma longa caminhada.

Confira a campanha de Johnnie Walker — O homem que andou ao redor do mundo:

3 – Coca-Cola

A marca de refrigerantes mais valiosa do mundo já é conhecida pelas suas propagandas emocionantes de Natal. Ano após ano, a Coca-Cola explora a época para reforçar o seu posicionamento como a bebida feita para as reuniões sociais.

Com a descrição de “Quando nós estamos juntos, isso tem gosto de magia!”, o vídeo a seguir explora um mix de emoções e sensações com a data comemorativa.

Assista: O Natal sempre encontra o caminho | Coca-Cola:

O que forma um bom digital storytelling nos negócios?

Segundo pesquisa realizada por Lukso e divulgada por Meio e Mensagem, os consumidores consideram as histórias mais chamativas como:

  • inspiradoras (44%);
  • emocionantes (20%);
  • informativas (13%);
  • entre outras características.

Entretanto, será que basta gerar inspiração e emocionar o público para que ele seja convertido etapas à frente do processo de compra?

Alguns fatores precisam ser considerados durante a construção do digital storytelling a fim de fazer com a audiência seja atraída e persuadida. Confira:

Objetivo claro e história

O primeiro passo trata sobre o objetivo da campanha; é preciso ser claro sobre os resultados esperados e como eles podem ser mensurados.

Outro ponto está relacionado à narrativa, em si: o que a marca tem a contar? A história é realmente boa? Ela tem potencial de atração?

Nesse sentido, a mensagem transmitida durante o digital storytelling deve ser clara e envolvente, fazendo com que o público a entenda e, ao mesmo tempo, seja envolvido por ela. 

Uso de antagonistas

Durante a construção da narrativa, é possível criar oposições que sejam favoráveis à empresa — afinal, o antagonista ou o “vilão” da história gera um contraste que reforça os aspectos positivos da marca. Então, seja cuidadoso e explore o recurso em favor do negócio.

Contexto plausível

Para gerar mais conexão com o público, apresente um contexto crível e que seja facilmente reconhecido por ele. Para isso, capriche nos detalhes e nas informações que possam agregar valor à contação de histórias.

Trabalhe as emoções

As emoções devem ser trabalhadas fortemente durante o desenrolar de toda a narrativa. Alegria, euforia, angústia, diversão, medo, nostalgia, surpresa e triunfo são alguns elementos emocionais que geram atenção, empatia e proximidade com o potencial cliente. 

Por isso, use-os como “tempero” para dar mais “vida” à história.

Atente-se à narração

A voz do narrador, o fluxo e o ritmo da contação e até mesmo a trilha sonora podem impactar consideravelmente o resultado do digital storytelling.

Então, identifique uma maneira de apresentar a história que seja mais agradável e instigante a seu público-alvo.

Cuide do tempo da história

Na Era Digital, as pessoas estão cada vez mais impacientes para assistir vídeos longos. Para Kantar Ibope Media, 77% dos jovens de 15 a 19 anos afirmaram que consomem o formato de vídeos curtos mensalmente. 

Ainda que o formato de pouca duração seja preferência dos mais novos, é preciso avaliar qual é o tamanho ideal para o seu público, está bem?

Então, analise o perfil da audiência para entender quanto tempo o seu conteúdo de digital storytelling deve ter para prender a atenção da audiência durante a contação da história.

Finalize cumprindo a sua promessa

Por fim, é crucial que a narrativa tenha um desfecho lógico. Você pode, sim, usar elementos-surpresa e gerar um final curioso.

Mas, é importante que a história cumpra a promessa feita durante as suas primeiras etapas — como na introdução, dos três atos ou no chamado para a aventura, da jornada do herói.

Assim, o público terá uma boa finalização da história e vai se sentir mais conectado à marca.

Por que usar o digital storytelling em sua empresa?

digital_storytelling

Até aqui, você já viu o que é digital storytelling e suas melhores práticas; agora, vamos entender quais são os benefícios que tornam a técnica uma excelente opção para negócios de todos os segmentos.

Gera mais conexão do público com a marca

A transformação digital vem trazendo inúmeros benefícios à sociedade e ao trabalho. A internet pode aproximar pessoas que estão longe fisicamente; no entanto, as relações tendem a se tornar superficiais na web.

Nesse sentido, as pessoas buscam conexões mais aprofundadas com os seus pares; e, ainda, querem relacionamentos com mais sentido entre elas e as empresas.

Chris Anderson, autor do livro “A Cauda Longa”, aponta que o mercado mudou consideravelmente com a digitalização dos processos comerciais. 

Antes, os clientes estavam fadados a comprar os best-sellers e lidar com o que estava disponível nas lojas físicas. Agora, é possível encontrar uma diversidade enorme de produtos nas prateleiras virtuais, para todos os gostos.

Assim como a disponibilidade e a variedade de itens mudaram, o comportamento das pessoas frente às ofertas também se alterou ao longo dos anos. 

Elas buscam marcas que estejam em consonância com as suas escolhas pessoais e desejam ter relações mais próximas com as empresas.

Então, para ter sucesso na era digital, as organizações precisam apresentar mais do que produtos e serviços; elas têm que se mostrar humanizadas.

O digital storytelling, nesse contexto, é uma ferramenta de ouro para humanizar as marcas e aproximar o seu público-alvo.

Pode ser aplicada a diferentes formatos

Outra vantagem do digital storytelling é que ele pode ser usado em variadas aplicações, bem como ser divulgado em diversos canais.

Uma mesma campanha, no universo digital, tem infinitas possibilidades de formatos como, por exemplo:

  • vídeos curtos, médios e longos;
  • podcasts;
  • artigos;
  • imagens e infográficos;
  • entre outros.

O digital storytelling pode ser compartilhado em variados canais, como:

  • site proprietário e de parceiros;
  • anúncios do Google, YouTube, Facebook e outros;
  • redes sociais;
  • e-mail marketing;
  • aplicativos de mensagens;
  • comunidades virtuais;
  • entre outros.

Além disso, ele tem aplicação tanto na produção de conteúdo para a atração e nutrição de leads e potenciais clientes quanto para persuasão em ações comerciais mais objetivas.

Quero aplicar o digital storytelling em minha empresa — o que faço?

Viu como a técnica pode gerar benefícios à sua marca? Então, se você está decidido a colocar o digital storytelling em prática, faça o seguinte caminho:

  1. analise a sua própria demanda;
  2. entre em contato com a Crowd – plataforma de talentos;
  3. contrate um squad ágil;
  4. receba o conteúdo finalizado;
  5. e, pronto!

Sobre a Crowd

Somos uma plataforma composta por mais de 20 mil profissionais freelancers especialistas em marketing e tecnologia. Isso significa que, com a gente, você tem acesso aos serviços de roteiristas, motion designers, designers, redatores, desenvolvedores, gestores de tráfegos e outras dezenas de especialidades.

Então, você nos informa o trabalho de que precisa e selecionamos os talentos freelancers que são mais indicados para a sua demanda. Há opções de contratação para um projeto específico ou alocação de talentos por pacotes de horas por mês. Depois que o profissional é escolhido, o job pode ser desenvolvido.
Saiba mais como a sua marca pode desenvolver incríveis campanhas de digital storytelling. Entre em contato, agora mesmo, e faça um orçamento de squad remoto em marketing e tecnologia com a Crowd.

Crowd

CROWD = Plataforma de Talentos de Marketing e Tecnologia. Conectamos você com especialistas para acelerar sua transformação digital. Profissionais e equipes remotas para implementar o que você precisa.

Contrate profissionais