5 insights de Ramon Oliveira sobre agilidade e o sucesso das empresas

Por Gabriel Matias em

Publicado em: 08/12/2021

Atualizado em: 18/07/2024

Tempo de leitura: 10 min

Em uma atualidade frágil, ansiosa, não linear e incompreensível, a gestão das empresas precisa ser cada vez mais estruturada e veloz.

Acompanhar as mudanças e as transformações que têm ocorrido de forma muito rápida é um verdadeiro desafio para as organizações.

Neste sentido, oferecer mecanismos confiáveis e, ao mesmo tempo, flexíveis para que as pessoas possam trabalhar e entregar melhores resultados é algo imperativo para negócios que querem se manter no mercado.

Afinal, lidar com a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade do mundo VUCA associadas às demandas do mundo BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible) é realmente desafiador para os profissionais e as empresas modernas.

Neste contexto, Ramon Oliveira, fundador do Instituto MestreGP, traz esclarecimentos importantes sobre a gestão de projetos e metodologias ágeis que estruturam as organizações e fornecem as condições ideais para os negócios.

Em conversa exclusiva com a Crowd, você vai conferir este olhar minucioso e único de quem já vivencia o mercado em constante evolução há mais de uma década.

Veja, então, os insights de Ramon Oliveira sobre gestão e métodos ágeis para empresas e profissionais de sucesso.

Quem é Ramon Oliveira e o Instituto MestreGP

Atuante no mercado publicitário há mais de 10 anos, Ramon Oliveira é gerente de projetos e professor, além de ser o fundador do Instituto MestreGP. A organização, fundada em 2013, é baseada em quatro pilares: Educação, Pesquisas, Eventos e Conteúdo.

Oliveira e o instituto estão focados em disseminar boas práticas de gestão de projetos, de liderança e sobre temas organizacionais para o mercado publicitário.

1. Gestão de projetos – a gestão como cultura do negócio

A digitalização dos mercados, que ocorreu de forma acentuada nos últimos anos, forçou empresas a saírem de suas zonas de conforto e partirem para novas práticas.

No segmento de tecnologia e comunicação, por exemplo, era muito comum que apenas áreas administrativas, gerenciais e financeiras executassem algum tipo de gestão.

Mas, nas equipes operacionais destas empresas, a utilização de métodos que organizassem os trabalhos e mensurassem as atividades não era muito comum, de acordo com Ramon.

Para o fundador do MestreGP, apesar de ser um cenário bastante confortável para as organizações, esta situação prejudicava a rotina das equipes:

“Num contexto em que tem boas práticas de gestão sendo implementadas, você tem o caos. Daí, você acaba deixando as pessoas sem uma visão clara do que estão fazendo, porque estão fazendo, quais objetivos têm que chegar e alcançar”.

Você se lembra das icônicas cenas do ator Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”? Na obra, o personagem Carlitos apenas executa as suas funções de micro resultado, de forma quase “cega” às demais operações da fábrica. 

A falta de orientação e integração das equipes, no mundo atual, produz um trabalho onde o colaborador não entende muito bem o contexto geral e, assim, apenas “faz o que tem que ser feito”.

Focado em suas próprias micro atividades, ele está distante do que o conjunto geral da equipe entrega.

Para Oliveira, muitas pessoas entendem a gestão de projetos como apenas um processo burocrático. Mas, para o gestor, o mercado dá sinais de que este cenário está mudando e muitos profissionais já passaram a entender a gestão como a criação de melhores condições para as pessoas trabalharem.

Com ela, os colaboradores recebem as orientações necessárias para executarem seu trabalho e, em conjunto, alcançarem melhores resultados.

Então, segundo Ramon, a gestão tem se tornado parte da realidade de muitas empresas:

Hoje em dia, o que a gente sente é que o cenário é muito favorável para que esta disciplina seja incorporada como uma essência – o que é um pouco desse nosso trabalho: colocar a gestão como uma cultura do negócio”.

2. Metodologia Ágil

O Manifesto Ágil, lançado em 2001, traz um novo olhar sobre as equipes das organizações. A declaração de valores e princípios para o desenvolvimento de softwares também mudou a gestão de pessoas e processos em diferentes áreas – incluindo setores não relacionados à criação de sistemas.

Ramon Oliveira afirma que a agilidade tem sido aplicada em empresas variadas, de manufatura a prestadores de serviço, passando por institutos de educação e, até mesmo, centros cirúrgicos.

A metodologia eleva a importância dos indivíduos e suas interações para o sucesso dos projetos. Além disso, o método ágil ressignifica a utilização de processos, ferramentas, documentação, contratos e planos para o bom resultado dos trabalhos.

Para o fundador do MestreGP, os conceitos e a base filosófica da agilidade são simples de entender. No entanto, a sua aplicação é bastante complexa e exige uma mudança importante nos comportamentos e nos hábitos das pessoas.

Ramon afirma que:

É muito menos sobre ferramenta e processo, e muito mais sobre comportamentos e atitudes que as pessoas têm que ter – e isso é difícil”.

3. O futuro da gestão de agências e empresas

Saindo do completo caos para a gestão estruturada e, então, para as metodologias ágeis, vivemos uma verdadeira ruptura de épocas. Em suas análises e benchmarking, o gestor pontua que:

O que a gente tem percebido de novidade tanto do ponto de vista das empresas do nosso mercado, quanto dos anunciantes, é a história da agilidade. Acho que é uma mudança global. As empresas de uma maneira geral estão trazendo agilidade para as suas estruturas”.

Mas, para ele, é necessário ter tolerância ao tempo de aprendizado e implementação dessa nova cultura. Afinal, mudanças tão significativas podem demandar vários anos e, em um mercado tão imediatista, é preciso ser mais paciente com os erros, ajustes e lições obtidos ao longo do processo.

Além disso, Oliveira aponta que, neste contexto, existem três tipos de empresa:

  • Aquelas que já nascem ágeis;
  • Organizações que não nasceram ágeis, mas se ressignificam e adaptam; e
  • Companhias que resistem às mudanças.

Segundo o fundador do MestreGP, estas últimas:

“Vão ser deixadas de lado e o mercado acaba expelindo essas empresas”.

E se um negócio sequer chegou à fase da gestão? Como “pular” para a fase da agilidade? Ramon acredita ser necessário dar dois passos: estruturação da gestão e da agilidade.

Em um mercado competitivo, essas transformações precisam ser rápidas, sendo necessário acompanhar as demandas da atualidade e implementar as novas metodologias e processos.

4. O trabalho remoto – a gestão para uma cultura

Se o trabalho remoto já era uma tendência há uns anos, após a pandemia do COVID-19 – que começou em 2020 -, o famoso home office consolidou-se como um formato de trabalho.

A aceleração das tecnologias que permitem uma comunicação eficaz a distância deu um grande impulso para a melhoria dos resultados desta forma de produção.

Ramon considera o método como uma tendência com muito espaço e mercado ainda para se desenvolver e se aprimorar. Segundo o gestor:

“Você simplesmente coloca a pessoa para trabalhar na casa dela, mas não orienta essa pessoa de quais comportamentos e atitudes era para ela ter e quais ferramentas e indicadores vocês vão começar a medir. Então, acho que o trabalho remoto é uma tendência, mas ele tem que ser encarado como uma cultura também”.

Como a implementação de práticas de gestão e de metodologias ágeis pode ser aplicada às equipes que trabalham de maneira remota? 

O gestor ressalta que é preciso preparar as pessoas para que elas saibam o motivo de seu trabalho, o porquê de elas estarem trabalhando daquela maneira e as condições que estão disponíveis.

Para que o trabalho remoto seja eficaz e produza resultados consistentes, com a mesma qualidade encontrada em equipes alocadas, é necessário:

  • Dar condições para o trabalho;
  • Fornecer informações claras sobre o que deve ser feito;
  • Estabelecer prazos para as entregas;
  • Informar quais são os indicadores da gestão; e
  • Deixar claro o resultado esperado.

“A gestão tem que ser usada para beneficiar, para que as pessoas trabalhem melhor, trabalhem sendo mais eficientes e mais produtivas. Isso pode ser encarado em qualquer contexto, tanto no trabalho físico, presencial, como em um trabalho remoto – que é o que a Crowd já faz”.

5. O futuro do profissional em meio às metodologias ágeis

Diante destas mudanças, da aplicação da gestão aos projetos e equipes e dos métodos ágeis, como fica o profissional? Se estas transformações já são desafiadoras para as organizações, o quanto elas são provocadoras para as pessoas envolvidas nestes processos? 

Em recente Fórum Econômico Mundial (WEF), houve a divulgação do “The Future of Jobs Report”. Este levantamento apontou as competências essenciais para o profissional do futuro:

  1. Pensamento analítico;
  2. Aprendizagem ativa;
  3. Capacidade de resolver problemas complexos;
  4. Pensamento crítico;
  5. Criatividade;
  6. Capacidade de:
    1. Liderar e influenciar
    2. Monitorar e usar a tecnologia no trabalho
  7. Resiliência;
  8. Raciocínio voltado a resoluções.

Oliveira ressalta estes comportamentos e acredita que eles estão ligados às metodologias ágeis. Sobre eles, o gestor pontua que:

São habilidades comportamentais e atitudes que você tem que ter. Claro que tem que ter uma base técnica boa também, mas isso tem muito a ver com comportamentos e atitudes. Então, eu sugeriria que as pessoas investissem em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal”.

Esta postura do profissional está relacionada à agilidade porque a metodologia também exige muitas mudanças comportamentais e de atitudes. 

Nesse sentido, Ramon diz que o investimento nestas transformações deve partir, antes de tudo, do próprio profissional. Para ele, apesar de ser necessário um esforço das organizações, a atitude do indivíduo é o que gera mais impacto:

“Não adianta você só dar um ferramental, cerimônias, ter os rituais, tudo bem estabelecido, escrito no papel impresso na parede, se, do ponto de vista da pessoa, o comportamento dela não está ajustado para atuar naquele modelo”. 

Mas, além de estas mudanças realizadas pelo próprio trabalhador, Ramon acredita que as organizações também precisam agir com energia para o bem-estar destes indivíduos em suas dependências. Segundo ele:

As empresas têm cada vez mais que olhar para aquilo que elas são, que elas representam e como as pessoas se sentem pertencentes àquele organismo.

É muito mais do que garantir uma loja, você tem que garantir um ambiente confortável de trabalho, uma mesa, um computador, ferramentas para que as pessoas produzam aquilo que tem que ser produzido, mas você também tem que olhar para o indivíduo e como ele se sente naquele ambiente.”

Como implementar a gestão e a metodologia ágil em sua empresa

O mundo VUCA e a sua sequência, o BANI, parecem ser uma realidade cada vez mais presente em nossas rotinas.

Para lidar com estas rupturas e transformações, que trazem ansiedades e incertezas, é preciso ter uma equipe com sólidos conhecimentos associados à flexibilidade e adaptabilidade.

Dessa forma, a implementação de uma gestão estruturada e agilidade é a chave para que as empresas possam se manter e se destacar neste mercado.

Colocar pessoas e suas interações como o ponto focal para a entrega de resultados de qualidade e no tempo desejado é uma das práticas necessárias.

Assim, a implementação de squads remotos ágeis é uma alternativa prática e efetiva para que os negócios estejam integrados à atualidade.

Os “esquadrões” são compostos por profissionais devidamente capacitados e alinhados para que, em conjunto, alcancem o sucesso do projeto.

Mais do que apenas “indivíduos que trabalham juntos”, os squads permitem que mentes e “mãos” possam trabalhar de forma integrada para se chegar ao resultado esperado.

Dessa forma, o negócio pode atingir mais rapidamente e com mais qualidade os objetivos e as metas traçados.

Na Crowd, ajudamos a acelerar projetos de transformação digital de nossos clientes.

Fazemos isso e geramos resultados com o Agile Crowd, nosso framework ágil exclusivo que nos permite montar squads remotos e tocar projetos com rapidez, eficiência e escala.

Nossos milhares de profissionais devidamente qualificados estão distribuídos por todo o país e, graças à aplicação de atualizados métodos de gestão e agilidade, entregamos resultados de ponta.

Saiba como você e sua empresa podem se beneficiar de uma gestão eficiente e da metodologia ágil com os Squads remotos da Crowd.

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Gabriel Matias

Co Fundador e CEO da CROWD.
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