O fim do ano é um período em que as empresas analisam tudo aquilo que passou no decorrer dos últimos meses, fazendo planos para o próximo ciclo.
Nesse momento, entra o planejamento estratégico, que é crucial para analisar o que deu certo, o que não funcionou e traçar novas metas a fim de atingir o sucesso desejado.
Nem sempre é possível alcançar tudo o que foi esperado. Mas, com a utilização das técnicas certas, é mais fácil se planejar para estar mais próximo do objetivo organizacional.
Pensando nisso, trouxemos as principais informações sobre planejamento estratégico, além de ferramentas que vão colaborar para que você consiga desenhar um plano objetivo e alcançável. Veja:
- O que é planejamento estratégico?
- Por que é importante ter um planejamento estratégico na sua empresa?
- Como fazer um bom plano estratégico?
- Quando elaborar um planejamento estratégico para o próximo ano?
- Como fazer para que o plano seja bem-sucedido ao longo do ano?
O que é planejamento estratégico?
Planejamento estratégico é a atividade de traçar objetivos e metas, além de determinar os recursos e meios que serão utilizados para o sucesso de um plano.
Podemos dizer que ele é um roteiro, um desenho, do caminho a ser percorrido entre o atual estágio no qual a empresa se encontra e o futuro desejado.
Ao fazer o planejamento estratégico, uma organização consegue visualizar com clareza:
- qual é o objetivo a ser alcançado;
- quais são os prazos e o cronograma para que as atividades sejam realizadas;
- como as metas podem ser atingidas;
- o orçamento necessário;
- o pessoal demandado para realizar o trabalho estipulado no cronograma;
- entre outros.
Então, elaborar um bom plano estratégico colabora para que todos estejam devidamente alinhados em relação às expectativas da empresa naquele período e como elas podem ser alcançadas.
Por que é importante ter um planejamento estratégico na sua empresa?
Ao caminhar em uma cidade nova, você já teve a sensação de estar perdido? Não é nada agradável, não é mesmo?
Não reconhecer as ruas, as lojas e os prédios; não saber qual caminho tomar para chegar ao destino desejado; passar por dezenas de desconhecidos e se sentir sozinho; ter medo e insegurança. Essas são apenas algumas das sensações ao se perder.
O mesmo acontece com as pessoas que estão em uma organização sem um plano. Elas apenas executam as suas funções sem saber a que isso levará.
Por outro lado, uma pessoa que trabalha com metas claras sabe o que fazer, até quando deve completá-las e como realizar as tarefas. Na entrega, o colaborador tem a sensação de “missão cumprida”.
Podemos dizer, dessa forma, que o planejamento estratégico é fundamental para nortear os recursos humanos da organização e dar sentido às suas atividades.
Além disso, ele colabora para investimentos mais precisos – uma vez que o orçamento de curto, médio e longo prazo é definido com transparência.
A quantidade de pessoas envolvidas, os equipamentos necessários, os materiais demandados, dentre outros recursos, são informações disponíveis aos envolvidos. Portanto, há mais clareza, compromisso e confiança na equipe.
Por fim, o plano prepara a organização para os desafios esperados. Ela se torna mais forte para enfrentar os obstáculos porque está previamente organizada para a missão.
Então, fazer um planejamento estratégico traz diversos benefícios à empresa, como sentido ao trabalho dos colaboradores, objetividade nos investimentos e fortalecimento da empresa para o mercado.
Como fazer um bom plano estratégico?
Imagine que um amigo pede a você que lhe dê uma carona. De imediato, surgem algumas perguntas, como:
- Para onde ele vai?
- Quando precisa que seja levado?
- Será necessário abastecer o carro durante o percurso?
- Vão mais pessoas?
O mesmo deve ser feito durante a elaboração do plano organizacional. É preciso se questionar sobre o “destino” da empresa no próximo ano e o que é preciso para chegar até ele.
Um negócio que não se planeja fica à deriva. Enquanto sua concorrência tem objetivos claros e trabalha para que se concretizem, a empresa sem um plano opera às cegas.
É preciso observar que um plano não significa, necessariamente, uma cartilha rígida e imutável a ser seguida. Ao contrário: serve como uma bússola, que indica o caminho para o objetivo traçado.
Para que funcione adequadamente, portanto, a companhia deve saber qual é o seu norte – isto é, o futuro desejado. Qual é o faturamento esperado em 5 anos? Qual a fatia de mercado a ser conquistada em 10 anos? Como o negócio estará em 20 anos?
Ainda que seja difícil imaginar tão a frente, respostas a perguntas como essas são fundamentais para que a empresa tenha um ponto de chegada claro no futuro.
Entretanto, como “mar calmo nunca fez bom marinheiro”, sabemos que a realidade das empresas é um mercado altamente competitivo e marcado por rápidas e constantes mudanças. Portanto, é preciso “saber remar contra a maré”, adaptando-se com frequência.
Nesse sentido, as companhias precisam encontrar o equilíbrio entre se manter fiéis à visão de longo prazo e ter flexibilidade suficiente para enfrentar os novos desafios que surgem.
Para ajudar você a elaborar seu planejamento estratégico, separamos algumas dicas práticas. Confira a seguir.
Determine os elementos do plano
O primeiro passo para o planejamento estratégico é responder à seguinte pergunta: como estamos hoje? A análise do presente é crucial para determinar o caminho até o futuro.
Então, será possível ir para a próxima questão, que é: com base na situação em que se encontra a empresa atualmente, o que é necessário para chegar ao objetivo desejado?
A resposta deverá conter informações como:
- objetivos e metas;
- prazos e cronograma;
- recursos – financeiros, humanos e outros;
- métricas para avaliação dos resultados.
Para chegar a esses elementos, será preciso fazer a projeção de cenários pessimistas, realistas e otimistas.
Por exemplo: se a economia piorar, como podemos atingir as metas? Será preciso reajustar o orçamento? Se a situação econômica melhorar, as metas podem ser antecipadas? O orçamento sofrerá alterações?
Utilize ferramentas
Utilizar o que já foi testado e aprovado por outras empresas é bastante útil, não é verdade? Por isso, selecionamos algumas ferramentas consagradas para colaborar com o seu processo de planejamento. São elas:
- análise SWOT;
- 5W2H;
- metas SMART.
Acompanhe cada uma a seguir.
Análise SWOT
Todo empreendimento tem características próprias que o destaca ou desvaloriza em relação aos outros. Além disso, cada empresa faz parte de um sistema composto por outros atores – como fornecedores, governos e concorrentes.
Por isso, é importante avaliar as organizações tanto sob seus aspectos internos quanto externos. Para isso, usamos a análise SWOT.
A ferramenta recebe o nome por ser a junção das primeiras letras das palavras:
- Strengths: força;
- Weakness: fraqueza;
- Opportunity: oportunidade;
- Threats: ameaças.
Em português, ela também pode ser chamada de “FOFA”, seguindo o mesmo raciocínio que a nomeou em inglês.
A análise SWOT, então, considera elementos próprios da organização (forças e fraquezas) e aqueles que estão fora do seu controle (oportunidades e ameaças).
Além de listar cada um deles, é importante entender o seguinte:
- Como as forças e fraquezas da empresa a colocam em vantagem ou desvantagem frente à concorrência? E como a companhia pode usar isso em seu benefício?
- De que maneiras as oportunidades e ameaças impactam o negócio? As forças e fraquezas podem potencializar positiva ou negativamente a atuação da empresa nesses cenários?
Pense que uma indústria se considera forte em sua capacidade produtiva e fraca em distribuição. Em sua Análise SWOT, ela detectou que há a possibilidade de uma parceria para distribuir seus produtos em outro mercado. Nesse caso, a empresa neutraliza a sua fraqueza com o surgimento da oportunidade, percebe?
Por isso, além de levantar os elementos da análise SWOT, veja como eles podem trabalhar estrategicamente a favor do negócio.
5W2H
Esta é uma ferramenta simples, mas muito útil para fazer planos claros e efetivos. Trata-se do 5W2H, que significa:
Como você pôde perceber, o 5W2H é uma lista que contém as principais informações que um plano estratégico precisa.
Usando a ferramenta, você pode analisar quantos novos colaboradores serão necessários para o período e traçar metas de contratação, por exemplo.
É possível, ainda, estabelecer ações específicas para cada canal de atendimento da empresa preenchendo o “where”; e assim por diante.
Por isso, avalie cuidadosamente cada um dos elementos e faça o checklist.
Metas SMART
Por fim, outro recurso que você pode usar para criar planos estratégicos mais rapidamente e com eficácia são as metas SMART.
A sigla é formada pelas palavras:
- Specific: específico;
- Measurable: mensurável;
- Attainable: atingível;
- Relevant: relevante;
- Time-based: temporal.
Considerando a ferramenta, podemos dizer que uma meta deve ser clara e específica. Não adianta dizer que é preciso “aumentar a receita”, por exemplo. Deve-se determinar qual é a porcentagem exata de crescimento esperado.
Além disso, a organização tem que ter métricas que permitam o monitoramento e a análise dos resultados obtidos – como lucratividade, taxa de conversão e produtividade.
Segundo a técnica SMART, um fator de relevância para o sucesso da meta é a sua alcançabilidade – ou seja, o resultado esperado não pode ser impossível, tampouco fácil demais.
A empresa também deve estabelecer um objetivo que seja relevante, a fim de motivar aqueles que estão envolvidos no trabalho.
Por fim, é necessário determinar prazos precisos para que a meta seja alcançada em um período satisfatório para o negócio.
Quando elaborar um planejamento estratégico para o próximo ano?
O último trimestre do ano é um bom momento para analisar o período passado e projetar objetivos e táticas. Assim, entre outubro, novembro e dezembro, você e sua equipe podem avaliar os resultados obtidos, criar cenários e fazer o planejamento estratégico para o próximo ano.
Mas, se perdeu o prazo, não se preocupe. É possível coletar as informações de um período recente e traçar novos planos para o ano que já estiver correndo. O importante é ser claro e usar boas estratégias durante o processo.
Como fazer para que o plano seja bem-sucedido ao longo do ano?
Até aqui, você já conferiu as principais informações sobre o planejamento estratégico. Viu como ele é importante para as organizações e conheceu algumas ferramentas que auxiliam em seu processo de construção.
Mas você pode dizer: “o papel tudo aceita”. É verdade que criar o plano – ainda que seja trabalhoso – pode ser mais fácil do que implementá-lo.
Entretanto, é possível fazer com que ele seja praticado pelos colaboradores com algumas dicas que trouxemos a seguir.
Torne o plano conhecido
Fazer um planejamento detalhado não funciona se as pessoas não tiverem acesso a ele. Por isso, faça uma apresentação com as informações relevantes à equipe.
Determine responsáveis
Separe o plano em partes e atribua responsabilidades de gerenciamento a colaboradores. Eles deverão apresentar as metas ao grupo liderado, distribuir tarefas e monitorar o trabalho.
Transforme o plano em algo visual
Espalhe painéis, cartazes e outros materiais com informações importantes sobre o plano, como prazos, metas, orçamentos e demais recursos. A constante visualização das informações pelos colaboradores contribui para a sua fixação.
Comemore as pequenas vitórias
Uma entrega foi feita dentro do prazo? Os resultados estão acima do esperado? O orçamento está com sobra? Celebre esses momentos com o seu time a fim de motivá-lo.
Revise o plano quando necessário
A pandemia do coronavírus mostrou que muito pouco está sob o controle das organizações, certo? Em caso de mudanças significativas, pense em alterar rotas para levar a empresa ao objetivo desejado.
Como a Crowd colabora para o sucesso do seu plano
O planejamento estratégico é crucial para todos os setores da empresa, colaborando para o alcance dos objetivos do negócio.
Com marketing não seria diferente e, nesse contexto, você pode contar com a Crowd para que o seu plano nessa área seja realizado com efetividade.
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