A China foi o epicentro da pandemia da COVID-19 em março deste ano. Além de ter sido o país onde surgiu a doença, lá 84 mil pessoas foram contaminadas e mais de 4 mil mortes foram confirmadas.
A chegada do vírus fez com que o estilo de vida chinês tivesse que se alterar completamente para diminuir o ritmo de desenvolvimento da doença. Isolamento e fechamento do comércio foram algumas das medidas tomadas pelo governo.
Mas nem tudo parou. Na contramão dessa paralisação, o marketing digital em tempos de COVID-19 foi um segmento que cresceu a um ritmo veloz. E que, após o controle da doença em terras chinesas, mostrou sua potencialidade.
Graças a medidas restritivas de circulação, as empresas tiveram que se adaptar. Como continuar as vendas se todo mundo está em casa? A resposta foi uníssona: pela internet.
Houve um aumento da demanda por publicidade online para diversos segmentos dos mercados de entretenimento, educação e serviços em geral.
Um relatório da Dentsu Aegis Network mostrou que, mesmo com a crise da COVID-19, os gastos com anúncios na China aumentaram quase 4%. Esse aumento foi todo direcionado para o meio digital.
Em uma entrevista para o site JingDaily, executivos das maiores marcas de luxo, como Prada, Louis Vuitton, Burberry e Calvin Klein, disseram que a saída para manter bons números na China foi investir no digital.
Todas elas inseriram novas maneiras de conversar com seu público: desde lives no Instagram com vendas de produtos, até experiências de realidade virtual para os consumidores que tenham os óculos próprios.
Tudo para, menos o marketing digital
Uma das razões que explica o crescimento da procura pelo marketing digital na China a partir do boom da COVID-19, foi o fechamento de locais públicos e o cancelamento de todos os eventos relacionados à maior festa anual do país: o Ano Novo Chinês.
Data essa que tradicionalmente leva todos os chineses às ruas para festejar. Porém, sem celebrações públicas, restou-se fazer a festa em casa.
Com isso, a demanda por jogos, vídeos, serviços de entrega e outras opções de entretenimento online aumentaram na época, bem como a procura por produtos.
Para surfar nessa onda, as agências de marketing digital da China tiveram que correr para conseguir responder a tantas demandas. E um dos setores que mais teve procura foi o de educação online.
Uma vez que as universidades e escolas anunciaram a suspensão das aulas presenciais, implementou-se em massa o sistema de aulas à distância.
Por isso, instituições de ensino tiveram que procurar pelas plataformas de cursos online – e elas foram as que mais contrataram os serviços das agências de marketing digital.
Entretanto, para suprir tantos pedidos, as empresas tiveram que se adaptar.
Continua tudo igual para o marketing digital?
As agências de marketing digital tiveram que fazer pequenos ajustes, que não afetaram em nada sua dinâmica.
Afinal, uma agência de marketing digital pode executar seu trabalho a partir de um ambiente também digital que reúna toda sua equipe junto.
É a prova de que a agência sabe verdadeiramente adaptar-se ao mundo informacional.
Assim, o especialista SEO, o consultor de ADS, o redator, o gerente de redes sociais e todo o restante da equipe conseguem trabalhar para responder às demandas de forma integrada.
Na contramão da alta do marketing digital, a publicidade tradicional perdeu força durante a pandemia.
Agências que atendem setores de varejo, cinema, televisão e eventos, acabaram perdendo seus clientes para as agências digitais, mais especializadas nas necessidades até então novas.
Não à toa, as companhias ditas tradicionais tiveram que fortalecer seus departamentos especializados nas plataformas online para poderem continuar competitivas em face a uma China enclausurada, mesmo após COVID-19.
Entender para aprender
O mercado publicitário digital na China é um pouco diferente do cenário ocidental. Afinal, muitas das ferramentas disponíveis no Ocidente não existem no país – como o Google e Facebook, por exemplo.
O principal buscador chinês é o Baidu. Ao contrário do Google, ele não diferencia anúncios pagos dos resultados orgânicos. E isso não é tão bom quanto parece.
Um cidadão chinês morreu após fazer um tratamento experimental de um hospital que tinha feito um anúncio no Baidu.
Porém, por não saber se tratar de um anúncio, o homem aceitou esse “tratamento” e não resistiu.
Não há maiores informações, pois o sistema de comunicação chinês impede tal circulação de dados.
Entretanto, o que se sabe é que as ações do Baidu caíram 14% e se começou a discutir sobre as regras da publicidade online. Ou seja: marketing digital não é um jogo de vale-tudo.
Além do Baidu, a China possui duas outras potentes plataformas: Alibaba e Tencent. Cada um apresenta uma mistura de conteúdo, redes sociais e ecommerce.
Quase todos os chineses trafegam por essas plataformas e, assim, são valiosos para os anunciantes. Com isso, profissionais de marketing digital que miram a China são especialistas em Alibaba, Baidu e Tencent.
Mesmo com essas diferenças, o propósito das agências chinesas são as mesmas que as brasileiras: captar leads e vendas para seus clientes. A questão é saber como as agências nacionais atenderão às demandas.
É importante pensar de forma rápida, pois a crise não espera. E essa rapidez foi crucial para as empresas chinesas sobreviverem durante a COVID-19. Os clientes têm pressa por resultados e as despesas são as primeiras a chegar.
Por isso, para não errar na mão e perder essa possível solução para a crise, o que o contexto chinês ensinou foi: é preciso buscar novos caminhos no meio digital, mas de forma estratégica e humanitária.
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