Como MVP pode auxiliar no desenvolvimento de um novo produto?

Por Gabriel Matias em

Publicado em: 06/11/2023

Atualizado em: 12/07/2024

Tempo de leitura: 13 min

A sigla em inglês MVP significa Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável. Esse conceito envolve entregar o produto em uma versão mais simples e enxuta, usando o mínimo possível de recursos, para validar a ideia principal antes do lançamento oficial e completo.

Assim, um MVP no desenvolvimento de produtos pode atuar como uma estratégia eficiente para acelerar todo o processo pré-lançamento. Com uma necessidade cada vez maior de inovação no mercado atual, pensar na velocidade é imprescindível.

Neste post, você entenderá:

  • O que é um MVP
  • O papel do MVP no desenvolvimento de produtos inovadores
  • Etapas para criar um MVP eficaz
  • Exemplos de MVPs notáveis
  • Desafios comuns e como superá-los
  • A CROWD como parceiro estratégico no desenvolvimento de MVPs

Continue a leitura e entenda como o uso do MVP pode ser benéfico nesse contexto. Vamos lá?

O que é um MVP

Na introdução, você viu em linhas gerais o que é um MVP, mas agora entraremos em mais detalhes sobre o assunto.

O termo tem origem junto às lean startups, isto é, uma metodologia que une a aplicação de metodologias ágeis, o uso de plataformas e ferramentas tecnológicas e o chamado customer development, que busca testar e validar as hipóteses com os clientes a fim de chegar a um alinhamento entre produto e mercado.

Nesse contexto, muitos testes e agilidade são necessários – e é aí que entra o MVP. Em vez de dedicar muito tempo a fim de desenvolver um produto do início ao fim, quando ele é apenas um teste, a ideia é que haja economia de tempo e recursos com o desenvolvimento de uma versão enxuta desse produto, ou seja, um MVP, ou Produto Mínimo Viável.

A ideia, então, é não se deixar levar de cara pela empolgação de uma ideia que parece ótima e, em vez de já investir uma quantia considerável de dinheiro nela, pisar um pouco no freio e fazer uma versão teste com o MVP para checar a viabilidade.

O MVP ainda deve atender às necessidades básicas dos usuários e desempenhar as funções que o produto final promete, no entanto, não precisa ser tão refinado ou otimizado – afinal, é uma versão enxuta.

Após a testagem e boa recepção, o MVP passa, então, para a próxima etapa, que é ser transformado na versão final do produto, aquela inicialmente idealizada pelo negócio e que será de fato comercializada.

Gigantes do mercado como Amazon, Uber, Facebook e Airbnb começaram com o desenvolvimento de um MVP antes do lançamento do produto principal e, hoje, são algumas das maiores empresas do mundo, tanto em termos de faturamento como por serem conhecidas por todo mundo. Siga o exemplo de quem já conquistou seu espaço no mercado e faça o seu MVP também.

O papel do MVP no desenvolvimento de produtos inovadores

É amplamente conhecido que inovação e risco estão intrinsecamente atrelados – e, no entanto, para ter sucesso no mercado atual, ser inovador é uma característica que não pode faltar nas empresas que querem se destacar da concorrência, afinal, fazer mais do mesmo dificilmente garantirá um lugar de destaque para o seu negócio, em meio a tantas gigantes já consolidadas há décadas.

Assim, é essencial que empresas que queiram crescer hoje em dia invistam em inovação. Mas isso não precisa significar colocar em risco o capital da empresa. Muito provavelmente não será na primeira tentativa que o seu negócio terá o sucesso almejado com o lançamento de um produto, concorda?

Por isso o MVP no desenvolvimento de produtos inovadores é tão importante: ele será a estratégia que permitirá que a empresa teste suas hipóteses e ideias antes de investir recursos significativos, tanto de tempo e pessoal quanto financeiros.

De acordo com pesquisa realizada pela CB Insights, 35% das startups não têm sucesso porque não resolvem uma necessidade do mercado, 10% lançam seu produto em um momento inadequado e 8% ofertam um produto de má qualidade.

Todas essas questões podem ser abordadas e possivelmente resolvidas com o desenvolvimento de um MVP, que não apenas testará o produto e permitirá que a equipe faça os ajustes e correções necessárias como também avaliará a recepção do mercado, verificando se de fato resolve uma necessidade do público e qual o melhor momento para lançá-lo.

Etapas para criar um MVP eficaz

Depois de aprender o que é um MVP e por que ele é importante, chegou a hora de entender como criar um MVP bem-sucedido.

Basicamente, o MVP é um rascunho da sua ideia final, então, neste primeiro momento, o negócio não deve se preocupar com questões estéticas, detalhes técnicos e UX incrível. É importante se atentar para:

  • a solução que seu produto oferece;
  • como ele funciona;
  • e como vai mudar e facilitar a vida dos usuários.

Reid Hoffman, fundador do LinkedIn, diz que “Se você não sente vergonha da primeira versão do produto, provavelmente demorou tempo demais para lançá-lo”. Assim, a ideia não é impressionar os usuários com visual detalhado e usabilidade perfeita, e sim testar o produto e entender se ele resolve um problema para quem o utilizará.

Não deixe de realizar pesquisas de mercado, para entender em detalhes como o seu produto precisará funcionar para atender às necessidades do público-alvo.

Além disso, é importante que sua equipe defina objetivos para o MVP e selecione os recursos essenciais – com isso, vocês evitam cair na cilada de querer refinar o MVP cada vez mais, em vez de utilizá-lo pelo que realmente é: um teste.

Um passo a passo para criar um MVP eficaz:

  1. Valide as ideias: para garantir que seu produto será útil de verdade no mercado, faça pesquisas de mercado, testes de conceito e validação junto aos consumidores.
  2. Crie o fluxo que o usuário deve seguir: essa etapa envolve toda a usabilidade do produto. Se for desenvolver um app de agendamento para a sua clínica odontológica, por exemplo, estabeleça o fluxo a partir do ponto de vista do usuário. Quais etapas ele deve fazer para finalizar a compra? Entrar no app, identificar-se, buscar o serviço ou profissional desejado, selecionar opções como data e hora, possivelmente colocar alguma observação, revisar as opções selecionadas, finalizar o agendamento e receber uma confirmação. Após estabelecer o fluxo, revise-o e veja se faz sentido, se precisa ser ajustado ou otimizado.
  3. Liste as funcionalidades e as priorize: é importante separar as funcionalidades que são essenciais para o funcionamento do produto e, assim, precisam estar no MVP, das funcionalidades que podem estar apenas nas versões mais avançadas. Com isso, você economiza tempo e recursos para colocar no MVP apenas aquilo que é realmente essencial para a testagem.
  4. Desenvolva e teste: após definir os pontos importantes e as prioridades, chegou a hora de desenvolver seu MVP. Esta etapa é iterativa, isto é, você desenvolve, testa e checa as métricas, aprendendo com seus erros, a fim de aprimorar o produto cada vez mais.

Exemplos de MVPs notáveis

Ao explicar o que é MVP, citamos alguns nomes de empresas que usaram a estratégia e, hoje, são gigantes no mercado: Amazon, Uber, Facebook e Airbnb. Confira a seguir mais detalhes sobre como os MVPs ajudaram a impulsionar o sucesso dessas empresas.

Amazon

Hoje, a Amazon é uma das maiores varejistas do mundo, atuando em mais de 50 países e atraindo cerca de 2.7 bilhões de consumidores, segundo dados da World Population Review. Porém, a gigante foi criada por Jeff Bezos no início da década de 1990, a Amazon surgiu como apenas uma livraria online. 

O bilionário começou fazendo uma lista dos 20 produtos que poderia vender online e, desses, acabou cortando para 5: vídeos, livros, softwares, computadores e CDs. Jeff optou pelos livros e lançou a Amazon.com, bastante diferente de como a conhecemos hoje em dia:

No início, a Amazon era apenas uma página com uma lista de livros, permitindo aos usuários que comprassem os produtos listados ali. Hoje, todo tipo e categoria de produto imaginável é encontrada na varejista, que inovou com marketplaces, compras internacionais e entregas impossivelmente rápidas.

Uber

Atualmente, a Uber opera em mais de 70 países, tendo realizado mais de 7.6 bilhões de viagens, segundo dados da statista. A empresa surgiu em 2009 sob o nome UberCab e a ideia era competir com as tradicionais empresas e cooperativas de táxi.

Inicialmente, o app funcionava apenas para smartphones da Apple, com iOS, e era limitado à cidade de São Francisco, na Califórnia. Além disso, a UberCab conectava passageiros a taxistas de luxo, algo bastante diferente do que acontece hoje em dia. A grande inovação na época era a possibilidade de pagamento com cartão de crédito.

Após a startup testar seu produto e identificar o potencial, disponibilizou-o em outras megacidades, como Nova York, Boston e Chicago. Em 2012, incorporou a modalidade UberX, que permite que qualquer um seja motorista parceiro utilizando seu próprio carro, desde que cumpra com os requisitos necessários – e isso revolucionou a maneira como os transportes aconteciam antes.

Facebook

A maior rede social do mundo, com 3 bilhões de usuários ativos, começou com um MVP. O Thefacebook, criado em 2004 por Mark Zuckerberg, tinha o intuito de servir como um anuário dos alunos de Harvard, onde Mark estudava.

Todos os alunos do campus podiam se conectar e, com o imenso sucesso da plataforma, ela foi expandida para as universidades de Yale, Stanford e Columbia.

O MVP, então, tinha um público bastante restrito, os universitários, e contava com as funcionalidades básicas que encontramos hoje, como perfil do usuário com informações básicas, possibilidade de se conectar e ver quais eram os amigos em comum.

Em 2006, a rede social foi aberta ao público geral e poderia se inscrever qualquer pessoa que tivesse mais de 13 anos e um endereço de e-mail válido. O sucesso foi tanto que a história até virou filme – A Rede Social, de 2010.

Airbnb

Em 2023, segundo dados da própria empresa, o Airbnb conta com “4 milhões de anfitriões que já receberam mais de 1,5 bilhão de hóspedes em quase todos os países do mundo”. 

A startup foi criada em 2007 por dois amigos, Brian Chesky e Joe Gebbia, que buscavam uma maneira de começar um negócio e ganhar dinheiro. A ideia surgiu quando uma conferência aconteceu na cidade onde moravam, São Francisco, e eles subiram um site simples disponibilizando o apartamento deles para aluguel, com a intenção de atingir quem não tivesse conseguido reservar um hotel.

Não havia mapas interativos, pagamento online, opções de escolha – apenas algumas fotos, um anúncio simples, informações de contato e endereço. Mas o MVP foi suficiente para validar a ideia: a dupla conseguiu alugar os quartos que tinha disponibilizado.

Dois anos depois, em 2009, receberam o convite para participar de uma aceleradora de startups e, a partir daí, revolucionaram o ramo de hotelaria para sempre.

Desafios comuns e como superá-los

Ao implementar um MVP, as empresas podem se deparar com alguns desafios. Confira a seguir quais são os principais e como superá-los a fim de obter o melhor resultado possível.

Alinhamento das expectativas

Talvez o principal desafio seja controlar as expectativas. Afinal, um MVP é criado num contexto de incertezas e apostas, quando o negócio está dando seus primeiros passos ou investindo em um novo produto.

Assim, é importante manter uma comunicação aberta e clara durante todas as etapas de desenvolvimento, a fim de alinhar expectativas e estar preparado para os cenários possíveis.

Gerenciamento do escopo

Outro desafio bastante comum é definir o que entra no MVP. Aqui, é importante sempre se lembrar de que o MVP deve contar com as funcionalidades mínimas. Pode ser difícil não ceder à tentação de implementar detalhes e elementos mais complexos e rebuscados, mas este momento é para testar a viabilidade do produto com baixo investimento, e apenas isso.

Feedback

Por fim, coletar e analisar feedback pode ser um desafio bastante grande para quem faz um MVP. No entanto, esta etapa é fundamental quando estamos falando no desenvolvimento de um novo produto.

É só por meio do feedback que a equipe poderá entender se o produto é viável ou não e, a partir disso, investir em aprimorar o que foi desenvolvido no MVP – ou mudar de estratégia, caso seja necessário.

A CROWD como parceiro estratégico no desenvolvimento de MVPs

No artigo, você pôde entender o que é um MVP e por que ele é importante no desenvolvimento de um produto inovador. O MVP é uma ferramenta valiosa nessa etapa pré-lançamento, assim, não deixe de implementá-lo nos seus próximos projetos.

Para implementar um MVP de modo eficiente e bem-sucedido, é essencial contar com parceiros estratégicos que agreguem valor ao processo. Nesse sentido, a CROWD se destaca como uma escolha inteligente.

Com a CROWD, você encontra:

  • soluções flexíveis: ao desenvolver um MVP, você pode contratar profissionais sob demanda, por projeto, sem a necessidade de contratações de longo prazo;
  • variedade de talentos: com uma rede de mais de 30 mil profissionais, você tem acesso a talentos diversificados, de diferentes áreas e especializações, sem aumentar seu custo fixo – com isso, consegue montar uma equipe sob medida para atender às demandas específicas do seu MVP;
  • gestão simplificada: nossa plataforma proporciona gestão integrada, desde a seleção do profissional até a entrega do projeto, permitindo que sua empresa foque na estratégia e no desenvolvimento do MVP enquanto a CROWD fica com toda a parte burocrática e operacional.

Assim, ao escolher a CROWD como parceiro estratégico, você garante que contará com soluções flexíveis, acesso a uma variedade de talentos e uma gestão simplificada que pode acelerar significativamente o sucesso do seu MVP no desenvolvimento de produtos.

Aproveite esses benefícios ao planejar sua próxima iniciativa de desenvolvimento de MVP. Solicite um orçamento.

 

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Gabriel Matias

Co Fundador e CEO da CROWD.
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