COVID-19: o que as estatísticas europeias de marketing podem nos ensinar?

Por Gabriel Matias em

Publicado em: 19/05/2020

Atualizado em: 21/06/2024

Tempo de leitura: 7 min

A pandemia do coronavírus está afetando a todos. Cerca de 1.7 bilhão de pessoas chegaram a ficar confinadas por causa da COVID-19.

Estatísticas mostram ainda que o pico da crise da doença deve ter 2,5 milhões a mais de desempregados no Brasil e o PIB brasileiro pode recuar 2,2% em 2020.

O cenário é de incertezas – afinal, a forma de viver das pessoas mudou – bem como a de fazer negócios.

Por isso uma das questões predominantes na área de marketing é: como manter a relevância de um negócio em um cenário tão incerto e delicado? Estar munido de informações e estatísticas nos ajuda nesse desafio.

Pensando nisso, a eConsultancy agrupou as estatísticas mais valiosas e impactantes para os profissionais de marketing – e a CROWD separou as mais importantes até o momento.

Apesar de serem, por enquanto, dados de outros países, é possível ter uma ideia de qual será o caminho do cenário nacional.

Inglaterra: um panorama de incertezas e de retração 

Uma nova previsão da GlobalData, publicada em 24 de março, sugere que as vendas no varejo do Reino Unido cairão drasticamente em 2020 devido à pandemia do coronavírus.

A expectativa é de uma perda de 12.6 bilhões de libras. Com essa projeção, as companhias têm que se readaptar ao novo cenário desde já.

Não por acaso, uma outra pesquisa apontou que na Inglaterra apenas 14% das estratégias de marketing continuam em vigor.

O ponto em questão foi a incerteza contínua do amanhã. Isso faz com que as organizações tenham que se adaptar rapidamente às demandas, em constante mudança, e ao fornecimento de produtos e conteúdo que sejam somente digitais.

O estudo identificou que 62% dos profissionais de marketing declararam que suas estratégias haviam mudado à luz do COVID-19.

Cerca de 86% das políticas alteraram o dia-a-dia das empresas (como trabalho remoto, viagens e bônus), o que fez com que 46% delas tivessem que atualizar seus contratos com os clientes (como termos e taxas de cancelamento).

Ou seja: tudo mudou – desde o relacionamento com os funcionários a até a interação com o cliente.

Além desse cenário de incerteza estratégica, as contratações também tiveram que ser postergadas. 85% das organizações alegam que estão atrasando ou revisando novas contratações e 90% estão fazendo o mesmo com seus compromissos orçamentários.

Essa alta quantidade de empresas que decidiram mudar, adaptar ou pausar seu marketing e estratégias comerciais, desde meados de março, mostra uma imagem clara do aumento do pedágio que o coronavírus causou em toda a indústria.

A pesquisa indica que, caso as companhias não decidam por arriscar em novos caminhos, como o marketing digital, é provável que os profissionais da área tenham que continuar a tomar decisões difíceis de adaptação – o que causa mais interrupções nas campanhas, nas contratações e cortes nos orçamentos.

Apesar desse cenário, há uma luz no fim do túnel e uma sensação de otimismo da economia para o pós-crise, de acordo com a eConsultancy.‍

Cenário de turbulência – mas para quem não está preparado

O panorama atual deve ser considerado como passageiro. É o que mostram as recentes pesquisas inglesas.

Apesar de alguns dados apontarem que 6.1% das empresas reduziram seus orçamentos de marketing durante o primeiro trimestre deste ano em comparação com o crescimento de 4% no quarto trimestre de 2019, há também sinal de otimismo.

16,2% dos entrevistados disseram prever um aumento nas alocações de gastos nos próximos 12 meses, no mesmo passo em que outros 8,4% afirmam que esperam que os orçamentos sejam revisados para cima.

E não é por acaso. Há um vasto campo a ser ainda mais explorado: o do marketing digital.

Redes sociais são o refúgio de 50% dos consumidores na quarentena

Um recente relatório da GlobalWebIndex, que contou com a participação de mais de 13.000 consumidores no mês de março, destaca mudanças comportamentais durante a pandemia de coronavírus.

Dentre as principais, pode-se elencar:

  • 95% dos consumidores estão gastando mais tempo com o consumo de mídia doméstica;
  • 2 a cada 3 estão gastando mais tempo nos noticiários;
  • 50% está assistindo diariamente serviços de streaming;
  • 45% está mais tempo do que o normal nos aplicativos de mensagens;
  • 45% usa o tempo livre nas redes sociais – mais do que o usual;

Apesar dessa nova oportunidade de ter sua marca vista por uma audiência maior, as opiniões sobre publicidade são polarizadas.

Quando questionados se as empresas devem continuar sua estratégia de divulgação normalmente, um terço dos participantes concordaram, frente a um quarto que discordaram e outro um terço que se diz incerto.

A geração Z (38%), os homens (39%) e o grupo de maior renda (39%) foram os mais propensos a concordar que a publicidade deve continuar normalmente.

Se a forma de se fazer publicidade mudou, é hora de repensar qual a mensagem que seu negócio quer passar em tempos de COVID-19. E agora ficou mais barato divulgá-la nas redes sociais.

O CPM dos anúncios também sofreu com a COVID: oportunidade à vista

Levantamento realizado pela SocialBakers avaliou o CPM médio do anúncio em redes sociais (custo por mil impressões) das marcas em US$ 0,81.

Essa estimativa mais recente é menos da metade do CPM de novembro de 2019, que chegou a US$ 1,88.

Categorias de marcas específicas, como telecomunicações e eletrônicos de consumo, caíram na mesma proporção durante os primeiros três meses de 2020, como mostra o gráfico a seguir.

Fonte: SocialBakers

A razão dessa brusca queda não surpreende. Como visto, a pandemia causou mudanças no comportamento das pessoas – e, assim, nas estratégias das empresas.

Como resultado, o CPM e o CPC enfrentam continuamente uma queda nos seus valores desde janeiro.

Nesse mês que se começou a especulação sobre o avanço da COVID-19, também caiu a demanda por anúncios em plataformas como o Facebook.

Por outro lado, os espectadores de mídia social estão mais engajados do que nunca, enquanto passam o tempo em casa percorrendo seus feeds, gerando oportunidades para as empresas que saibam aproveitar e converter com as mensagens certas.

A mensagem de todas as pesquisas é uma só

O coronavírus ainda é tema de pânico para muita gente. Para a área de marketing, ele trouxe alguns aprendizados, como: replanejamento e corte de gastos.

Uma das saídas para que as companhias tenham fôlego para superar essa crise, é realocar o budget do marketing inteiramente no marketing digital.

Essa é uma das únicas ferramentas restantes para todas as empresas que queiram fazer a diferença. Afinal, as pessoas estão isoladas e ao mesmo tempo com fome de conteúdo.

Por isso, é hora de começar a gerar um novo tipo de material para o site da sua empresa: vídeos, infográficos, matérias especiais.

O cerne é usar conteúdo de qualidade para conseguir utilizá-lo em todos seus canais de marketing.

E já que está dando atenção a esse assunto, é um ótimo momento para verificar o SEO da página.

O ideal é contratar uma agência de marketing que possa detectar e resolver rapidamente eventuais problemas e, assim, aumentar a relevância do site no cenário digital.

O momento é de tensão e incertezas, mas isso não significa que não há caminhos para serem traçados e oportunidades a serem conquistadas. O Marketing digital, segundo as pesquisas, é o caminho mais seguro a se trilhar no momento.

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Gabriel Matias

Co Fundador e CEO da CROWD.
Conecto você aos melhores profissionais de tech e marketing com IA, instantaneamente.

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