As metodologias ágeis já são realidade em muitas empresas. Especialmente em um mundo cada vez mais instável e imprevisível, ter equipes ágeis que possam entregar resultados é algo cada vez mais demandado pelas organizações modernas.
A pandemia do coronavírus, que teve início no ano de 2020, foi o estopim para que a agilidade e o trabalho à distância ficassem ainda mais em evidência.
Mas é preciso fugir dos modismos e entender se, de fato, os squads remotos são um tipo de equipe adequada ao seu negócio — afinal, essa modalidade requer alguns cuidados e tem aplicações específicas.
Por isso, continue por aqui e descubra com a gente as principais informações sobre os squads e de que forma você pode adotar este formato de equipe ágil na sua empresa.
O que são os squads remotos
Squads são equipes multidisciplinares que têm como objetivo o sucesso do projeto e do negócio. Em tradução literal do inglês, squads são “esquadrões” e o termo está em alta por ser utilizado nas metodologias ágeis.
Logo, os squads remotos são times formados por profissionais de diferentes áreas e que fazem um trabalho coeso e integrado à distância, isto é, sem estarem reunidos presencialmente.
Muita informação de uma só vez? Fique tranquilo porque vamos explicar etapa por etapa cada um desses conceitos.
O que é metodologia ágil
As metodologias ágeis surgiram a partir da necessidade dos negócios de responderem mais rapidamente às velozes mudanças de mercado.
O Manifesto Ágil, de 2001, é o documento que reuniu as principais práticas deste novo formato de gestão. Nele, estão os princípios que fundamentam o desenvolvimento ágil de software e que também podem ser aplicados a outros produtos e serviços.
Uma das mais conhecidas estruturas de agilidade é o Scrum. O framework é composto por 19 processos, 6 princípios e 5 aspectos principais.
O Scrum foi amplamente difundido em startups e em empresas que precisavam de rápidas adaptações.
Uma delas foi a gigante Spotify. Lançado em 2008 na Suécia, o serviço de streaming de música, podcast e vídeo já nasceu ágil.
Mas, ao longo dos anos de aplicação, a empresa percebeu que o Scrum — com todas as suas regras — havia se tornado, de certa forma, engessado para as suas necessidades.
Assim, o Spotify inaugura a sua própria versão ágil, mais moderna e adaptada às suas demandas: o Spotify Scaling Agile.
Spotify Scaling Agile
Em 2012, foi publicado o artigo Scaling Agile @ Spotify with Tribes, Squads, Chapters & Guilds por Henrik Kniberg & Anders Ivarsson, à época agile coaches no Spotify.
Neste novo formato, a agilidade é mais importante do que a metodologia, mas alguns conceitos permanecem bastante similares.
Veja, abaixo, uma comparação simplificada dos elementos que existem nos métodos:
| Scrum Framework | Spotify Scaling Agile |
| Scrum Master | Agile Coach |
| Product Owner (P.O.) | Product Owner (P.O.) |
| Scrum Team | Squad |
Então, podemos dizer que os squads propostos pelo Spotify Scaling Agile são o Scrum Team, do Scrum.
Os agile coaches do Spotify também definiram agrupamentos que podem existir ao redor dos esquadrões. São eles:
- Tribos: vários squads trabalhando em conjunto para uma determinada unidade de negócio.
- Chapters (Capítulos): alinham profissionais com as mesmas skills, mas que estão separados em squads diferentes, como chapter de Design ou chapter de UX.
- Guildas: grupos independentes da estrutura que se reúnem para trocas de experiências em estudos e talks, por exemplo.
Como funcionam os squads
Os squads precisam ser, antes de tudo: multifuncionais, autônomos, autogerenciáveis e devem ter a capacidade de trabalhar em conjunto para entregar o produto.
Além disso, os esquadrões têm que ser:
- Estáveis: com formação contínua, consecutiva
- Cross-functional: membros devem ter conhecimentos e habilidades complementares
- Pequenos: com quantidade que varia entre 5 e 9 pessoas
- Integrados: precisam ter real integração física ou virtual
- Dedicados: focados em apenas uma entrega
- Alinhados: todos trabalham em sincronia pelo resultado
Nesse sentido, os squads podem ser considerados um grupo completo, que tem todas as capacidades técnicas necessárias para a entrega do produto desejado.
Por exemplo, em uma empresa que não aderiu às metodologias ágeis, os profissionais são agrupados, geralmente, por área.
Então, existem os setores de marketing, tecnologia, design e outros trabalhando de forma separada em diversos projetos, ao mesmo tempo.
Já em organizações adeptas à agilidade, pessoas de diferentes campos do conhecimento são alocadas em times enxutos, totalmente focados na entrega.
A gente pode dizer que um squad funciona como um pequeno grupo formado por comandante, atirador de elite, médico e outros soldados que estão indo, juntos, à mesma batalha.
Tipos de squads
É preciso ressaltar que os squads, para que sejam efetivos, precisam ser multidisciplinares — isto é, a equipe deve ser formada, necessariamente, por profissionais de áreas distintas e complementares.
Nesse sentido, não existe esquadrão com diversos colaboradores do mesmo segmento como squad exclusivo de marketing, tecnologia ou conteúdo, por exemplo.
Para que o projeto saia do papel e possa ser implementado segundo as metodologias ágeis, é necessário que diferentes qualificações sejam condensadas em um só microtime.
Veja este caso da PRG Brasil: a empresa de consultoria tinha como objetivo melhorar o seu posicionamento digital.
Dentre as entregas, estavam a construção do site e criação de conteúdos para alimentar o endereço virtual, blog e LinkedIn da organização. Então, seriam necessários profissionais diferentes para que o produto fosse entregue.
Para isso, montamos um squad composto por Product Owner, Designer Gráfico, Redator, Gestor de Tráfego e Desenvolvedor. Percebe como são áreas bem distintas?
Em conjunto, o time entregou:
- Criação de site profissional
- Apresentação institucional
- Vídeos institucionais
- Produção de conteúdo
- Email marketing
- Assessoria de imprensa
- Mídia paga
- Material impresso
Sem a coesão e o esforço conjunto de um squad remoto capacitado em diferentes áreas do conhecimento, esta entrega levaria muito mais tempo e não teria a mesma integração e alinhamento de uma entrega de um squad.
E o trabalho dessa equipe remota fez a diferença para o negócio da PRG Brasil:
“Conseguimos fazer as coisas muito rápido e com uma qualidade bem alta — que até foi maior do que eu esperava. Em um curto espaço de tempo, a gente teve bastante resultado.
Em menos de seis meses, a grande maioria dos nossos negócios foram gerados pelas ações que a gente fez com a Crowd.
O mais legal nessa experiência que a gente teve — e eu acho que é o ponto forte do próprio conceito da Crowd de plataforma — é que você tem os melhores profissionais na hora que precisa para fazer a tarefa que precisa, mas tudo isso com um gerenciamento inteligente.”
Fernando Pierry – Sócio-fundador da PRG Brasil
Portanto, quando você for pensar em tipos de times ágeis, lembre-se de que a principal orientação é que a equipe precisa ser multidisciplinar, autônoma e focada.
Exemplos de squads remotos
Muitas empresas já usam os squads em suas composições. Dentre elas, podemos mencionar a Quinto Andar, Magazine Luiza, Sambatech, Mercado Livre, Hostgator e Contabilizei.
A seguir, você vai ver mais exemplos da composição de equipes ágeis em outras organizações:
Nubank
A startup do cartão roxinho é uma das empresas brasileiras que adotam os squads como formação de times.
Segundo relata Kete Martins Rufino, que já integrou a equipe do Nubank, alguns esquadrões ficaram tão grandes que tiveram que ser agrupados em tribos, como, por exemplo, Acquisition e NuConta.
Além disso, a instituição financeira formou vários chapters, sendo alguns deles Engineer, Business Analyst (BA) e Data Science.
Nas palavras de Kete, ainda que surjam alguns contratempos, o método dá certo se a organização utilizar a estrutura de squads e pessoas que tenham incorporados os mesmos valores da empresa.
Health for Pet
A Health for Pet é uma empresa que oferece planos de saúde digitais para cães e gatos. Com o propósito de simplificar os cuidados com o pet, a organização tinha como desafio digitalizar o processo de contratação dos seus produtos.
Para isso, montamos um squad composto por Product Owner, Tech Lead, UX/UI Designer, Dev Front-End e Dev Back-End para o desenvolvimento da plataforma digital de vendas e do aplicativo mobile para os clientes da empresa terem um acesso facilitado aos seus serviços.
A equipe remota atuou no processo de transformação digital da Health for Pet, gerando resultados para o negócio:
“Boa parte dos sistemas que fazem Health for Pet ser diferente e ter chamado atenção da Porto Seguro vieram dessa parceria com a Crowd.”
Fernando Leibel, Presidente da Health for Pet
QuinStreet
A norte-americana QuinStreet é uma empresa de marketing vertical e mídia online. Para solidificar sua imagem no mercado brasileiro, ela demandava uma produção massiva de conteúdos para seus blogs educacionais.
Para isso, montamos um squad composto por Product Owner, Assistente de Conteúdo, Redatores de Conteúdo e Revisores de Conteúdo. Juntos, eles produziram mais de 2 mil artigos para portais educacionais focados no Ensino Superior.
Em 2019, os blogs educacionais da QuinStreet tiveram 60 milhões de acessos e geraram cerca de 100 mil matrículas para instituições de ensino superior. A operação brasileira da QuinStreet foi adquirida pela Quero Educação no início de 2020.
Desafios do squad remoto
Sair de uma gestão tradicional para a metodologia ágil pode ser algo realmente desafiador. É até comum que empresas que não consolidaram práticas e processos queiram “pular” etapas indo direto para a agilidade.
É preciso, antes de tudo, ter clareza de ideias e entender qual é o objetivo da implementação dos métodos e de seus elementos, como os squads remotos.
Empreendimentos que se interessam por times ágeis precisam estar prontos para os ganhos do método, mas também para os desafios que o acompanham.
A descentralização da gestão e a autonomia das equipes é algo que, para organizações tradicionais, pode gerar dificuldades.
Pense que, em times tradicionais — como setores de finanças, marketing, produto e outros — existe uma hierarquia clara.
Profissionais juniores respondem a analistas; estes, respondem a plenos que, por sua vez, respondem a seniores, e assim por diante.
Os níveis estratégico, tático e operacional são definidos com clareza e respeitados por todos que fazem parte da organização.
No Agile, por outro lado, cada squad remoto é como uma “mini empresa” dentro da empresa, com suas próprias responsabilidades, metas, entregas e, é claro, time específico.
Apesar de trabalharem em função dos objetivos da organização, os squads têm autonomia para definirem métodos, ferramentas e maneiras para chegar ao resultado desejado.
Independentes, eles organizam os recursos — inclusive, humanos — da forma que consideram ser a mais efetiva para o alcance das metas.
Assim, a empresa que pensa em implementar os squads como modalidade de time deve estar aberta para atuar com os times descentralizados e independentes.
Outro desafio da agilidade é alocar devidamente os profissionais. Como precisam ser autossuficientes, os squads remotos devem ser compostos por todas as mãos e mentes necessárias para a construção do produto.
Dessa forma, contratar internamente todos os indivíduos para a formação de uma equipe ágil é outro ponto que as empresas precisam avaliar. Isso porque o processo tradicional de contratação pode levar alguns meses para conseguir montar um squad para a empresa — o que acaba impactando na agilidade do projeto.
Uma alternativa para isso é optar pela contratação de squads remotos com empresas especializadas nesse tipo de equipe. Em poucos dias, é possível ter um squad remoto do tamanho da sua necessidade com profissionais especialistas para acelerar projetos de marketing e tecnologia.
Vantagens do squad remoto
De forma resumida, podemos dizer que os squads são vantajosos para as organizações porque eles:
- Adaptam empresas às rápidas mudanças do mercado
- Ajudam a agilizar sua transformação digital
- Permitem entregas mais ágeis e dentro dos padrões necessários
- Priorizam pessoas em vez de processos
- Reúnem profissionais qualificados e diversificados para juntos encontrarem as melhores soluções
- Promovem trabalho integrado e com esforço em conjunto dos colaboradores, facilitando a inovação
- No time, diminuem tensões causadas por conflito de interesses
- Geram trabalhos mais transparentes e claros para toda a empresa
Quando optar por contratar um squad remoto
Como você pode observar, os squads são usados em cenários organizacionais específicos: ambientes que precisam se adaptar, de forma veloz, às transformações — e, muitas vezes, revoluções — de mercado.
Os rápidos avanços tecnológicos e as mudanças comportamentais e de demandas dos consumidores vêm acelerando os processos organizacionais.
Se a sua empresa está passando por situações como esta, a implementação de métodos ágeis e o uso de squads remotos pode ser uma ótima solução para a gestão do seu negócio.
A gente sabe que, no entanto, nem sempre a adoção de novas práticas é algo simples e rápido. A cultura organizacional pode precisar de muito tempo para ser alterada, levando anos para ser efetivamente instalada.
Portanto, empresas que ainda não conseguem colocar times ágeis em toda a sua estrutura têm à sua disposição uma alternativa bastante interessante: squads remotos compostos por profissionais independentes.
Ao realizar a contratação de uma equipe que trabalha à distância, seu negócio consegue formar um time multidisciplinar, autônomo e altamente focado sem precisar alterar sua disposição interna.
Outra facilidade do formato à distância é que sua empresa não precisa ter todos os profissionais contratados internamente para usufruir dos benefícios da agilidade.
A contratação de um squad remoto permite que você tenha uma ótima seleção de profissionais capacitados e qualificados para as entregas de que seu negócio precisa.
Na Crowd, com 19 mil profissionais de tecnologia, design, mídia e conteúdo, temos o time perfeito para o seu projeto.
Então, solicite agora um orçamento de squad remoto com a Crowd.
