Como é ser freelancer de um squad de tecnologia: rotina, vantagens, desafios e remuneração

Os squads ágeis nascem justamente dentro das empresas de tecnologia. Hoje, podemos ver esse modelo sendo utilizado em outras áreas, como nos times de Marketing ou equipes de Conteúdo. Mas, foi mesmo entre os códigos e os softwares que a agilidade nasceu.

Tal formato de equipe ganhou ainda mais força na pandemia. Nesse período, os squads, agora remotos, passaram a ser vistos como opção para manter os setores das empresas funcionando e produzindo.

E, não é que o formato caiu no gosto das empresas e indústrias? E mesmo com a possibilidade de volta ao trabalho presencial, muitos gestores optaram por manter os squads remotos como modelo definitivo de profissionais.

Entenda a seguir o que faz os squads de tecnologia remotos serem tão especiais e por que você deveria considerar trabalhar em um deles.

O que é um squad remoto?

Além da Gestão ágil, outra característica que faz um squad ser tão eficiente e eficaz é a multidisciplinaridade dos profissionais que formam a equipe. 

Diferente dos times tradicionais, cujos setores são formados por um grupo de profissionais com a mesma formação, diferenciando-se apenas em nível hierárquico, um squad é formado por um grupo de profissionais que possuem formações e habilidades completamente diferentes, e portanto, complementares. 

Considerando essa informação, o primeiro ponto que você precisa entender sobre um squad de tecnologia é para qual finalidade esse time é contratado e porque se faz necessário essa equipe tão diversa. 

Como é formado um squad de tecnologia remoto?

Esse grupo de profissionais é contratado para desenvolver um produto digital com uma “pegada mais robusta”.

Então, geralmente são empresas ou indústrias que precisam de plataformas, sistemas, aplicativos ou e-commerces muito bem estruturados para receber muitos acessos e que sejam capazes de atender uma demanda acima da média. 

E, justamente por se tratar de um produto mais complexo, as empresas acabam preferindo um squad para cuidar de todo o processo.

Para esse time funcionar, é necessária uma determinada estrutura. Apesar do time de desenvolvedores ser peça-chave nesse processo, a gestão desse squad demanda ainda outros perfis profissionais.

Para ajudar na compreensão dessa estrutura, bem como da rotina envolvida em todas as etapas do desenvolvimento desse produto oficial, listamos a seguir quais profissionais precisam compor o squad e o que é esperado de cada um – não apenas em termos profissionais, mas no que se refere à adaptabilidade a esse modelo de equipe. Confira! 

Profissionais necessários para montar um squad remoto de tecnologia

Um squad remoto de tecnologia muitas vezes terá a estrutura a seguir. Claro que pode ter uma diferença ou outra conforme o tamanho do projeto, mas para maiores efeitos, esse é o formato tradicional.

Entenda a seguir o papel de cada um deles nos processos de desenvolvimento do produto digital.

Product Owner: o dono do produto

Traduzido do inglês Product Owner, ou P.O., significa o dono do produto. A tradução faz juz a função desse profissional, uma vez que é ele o responsável pelo sucesso da comunicação e do alinhamento entre todas as partes do projeto.

Justamente por ser o profissional que faz esse meio campo, todo squad remoto precisa de um Product Owner. No dia a dia, além da boa comunicação, ele deve manter todos na mesma “página” em relação a prioridades, etapas e distribuição de demandas.

Percebe como esse é essencial para o time? É devido ao jogo de cintura do P.O. que, no final de cada etapa, o cliente receberá a entrega dentro do prazo e com a qualidade esperada.

Product Manager

Segundo o Guia PMBOK, o livro que é considerado a bíblia do Gerente de Projetos, o conceito de projeto é: 

Considerando essa definição, podemos pensar no Product Manager como um maestro, um profissional responsável por dar o “tom do projeto”. 

Muitas vezes, suas atividades são confundidas com a do Product Owner. Porém, diferente do P.O., que atua fazendo o meio campo em relação às entregas e toda a comunicação ao longo do projeto, o Product Manager se concentra mais em mapear todo esse projetos. 

É sua responsabilidade iniciar e planejar todas as etapas. Já, posteriormente, quando o produto já estiver nas mãos do P.O., o Gerente atua no controle de todos os processos, sempre cuidando para que tudo seja executado conforme planejado por ele. 

Perceba que, enquanto o Product Owner trabalha para que tudo corra bem por meio da comunicação entre as partes, o Product Manager é bem mais focado no produto.

Tech Lead

Esse profissional, também chamado de Líder de Tecnologia, é responsável por orientar os profissionais do squad em relação ao desenvolvimento do produto digital. Então, diferente do Product Owner, que atua transmitindo e alinhando informações, o Tech Lead se concentra na parte técnica. 

E, justamente, por ser responsável pelas orientações mais técnicas, ele atua mais próximo aos desenvolvedores, não se preocupando tanto com a comunicação externa. 

Portanto, para atuar nesse cargo, é preciso ter muita experiência com produtos digitais e grande capacidade técnica. Afinal, sua posição demanda alta capacidade de olhar o projeto a partir de uma perspectiva mais global e menos focal.

Essa necessidade de ter uma visão mais ampla está diretamente ligada a uma outra função do Líder de tecnologia que vai além de orientar os desenvolvedores.

Ele também é o profissional que precisa identificar os principais pontos de atenção e buscar soluções inovadoras. Para tanto, o ideal é que esse profissional seja pleno ou sênior.

Desenvolvedor Front-end

O desenvolvedor front-end (ou o dev front-end) trabalha com a parte frontal e um produto digital. Esse profissional cria a interface de um app ou uma plataforma, conforme a estrutura pensada inicialmente pelos designers. 

Podemos dizer que o desenvolvedor front-end dá vida ao que foi pensado pelo designer UX e designer UI.

Desenvolvedor Back-end

Já o desenvolvedor back-end é o profissional que atua nos bastidores de um produto digital, seja ele um site, um e-commerce ou um aplicativo. Sabe aquele layout intuitivo e leve que os usuários acessam? Então, tudo aquilo é feito por meio de códigos, justamente onde atua esse profissional.

Essa interface é inicialmente pensada pelos designers, e posteriormente criada pelo desenvolvedor Front-end, mas para manter toda essa estrutura de interação e visual funcionando são necessários servidores, códigos e mais códigos. E é aqui que entra o Back-end.

Nesse sentido, esse tipo de desenvolvedor mantém os bancos de dados que guardam informações para o bom funcionamento do produto, bem como as informações dos usuários, como cadastro, senhas e preferências, que muitas vezes, são usadas para potencializar o funcionamento do app ou plataforma.

Designer UX

O designer UX, assim como o dev front-end, também pensa na parte frontal de um produto digital. Mas, como esse profissional é especialista em criar boas experiências para o usuário, ele cria um design capaz de tornar a interação entre usuários e aplicativos ou plataformas o mais leve, fluido e intuitivo possível.

Mas, para que tudo flua da maneira adequada, esse profissional pensa em telas, menus, páginas e o layout dos fluxos de diálogos, mapas de navegação que vão de encontro a necessidade do perfil de usuário que usará o produto digital.

Por isso, ele precisa levar em conta elementos como público-alvo do cliente, objetivo do produto digital e tipo de negócio, o designer UX estrutura uma interface na qual o usuário final terá uma interação bem-sucedida.

Para que tudo saia conforme o planejado, o UX designer precisa realizar vários testes de usabilidade até chegar na apresentação final.

Designer UI

O designer UI é o profissional responsável pela interface onde todos os fluxos e mapas criados pelo Designer UX são encaixados perfeitamente. A ideia é garantir, por meio do desenvolvimento dos recursos necessários, que o usuário não se perca na utilização do app, site ou e-commerce.

UX Writer

Enquanto o designer UX desenvolve todo o mapa da parte frontal, bem como os desenhos dos fluxos de diálogos, o UX Writer é o responsável por criar o conteúdo escrito que vai direcionar, de fato, o usuário.

Ele também é um profissional totalmente orientado à experiência do usuário, usando inclusive várias técnicas de design nas palavras.

Podemos pensar nesse profissional como sendo a pessoa que vai dar sentido, o toque final planejado no aplicativo ou plataforma. 

Pense que, ao interagir com um produto digital, o visual é apenas uma parte do processo, Os textos também precisam fazer sentido, afinal, são eles que direcionam de um ponto a outro.

Mais do que uma boa estrutura de página, cores, mapas interativos e menus facilitadores são necessários textos práticos que informem o que deve ser executado. É aqui que entra o UX Writing.

Desenvolvedor Full Stack

O dev full-stack é o desenvolvedor que trabalha para unificar tudo o que os demais profissionais pensaram separadamente. Por isso, ele tem uma atuação mais ampla e completa no projeto, sendo necessário conhecimentos tanto de back-end quanto de front-end.

Quanto ganha um freelancer em um squad de tecnologia

A remuneração do profissional remoto varia de acordo com o seu papel no squad. É comum encontrar no mercado oportunidades para atuar em squads remotos com as seguintes remunerações:

• Product Manager: R$ 10.000/mês
• Product Designer: R$ 7.000/mês
• Tech Lead: R$ 13.500/mês
• Desenvolvedor: R$ 12.000/mês
• Analista de Testes: R$ 9.500/mês

Rotina de trabalho: os pilares da gestão de um squad remoto

Agora que você já sabe quais são os profissionais que compõem um squad de tecnologia remoto, é hora de entender os pilares desse tipo de equipe. Um squad remoto trabalha de uma maneira bem diferente das equipes tradicionais.

Nesse formato, são valorizados elementos como a multidisciplinaridade do time, a autonomia e a liberdade de horário e geográfica. Mas, para que tais pilares sejam mantidos, os profissionais do time precisam se atentar para algumas características que são esperadas deles. 

Confira a seguir quais são:

Gestão ágil: a base dos pilares de um squad remoto

Os benefícios de trabalhar em um squad remoto reside justamente no tipo de gestão que é feita. Diferente das equipes tradicionais, para gerenciar um squad utiliza-se a Gestão ágil.

E aqui voltamos à importante figura do P.O. Afinal, sabemos que para um produto digital ficar pronto, são necessárias várias etapas, certo? Por isso, o P.O. divide as entregas em etapas e a cada período previamente determinado o profissional de tecnologia deve entregar a demanda solicitada.

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Autonomia dos profissionais 

Os profissionais de um squad ágil possuem autonomia para tomar decisões relacionadas ao produto digital e sugerir mudanças. 

Então, se você deseja trabalhar em um time desse formato, saiba que as soluções não serão sugeridas para você, pelo contrário, o esperado é que o profissional proponha soluções inovadoras.

Então, é importante estar sempre em busca de ampliar suas habilidades e competências, além de manter um bom relacionamento com os demais profissionais. 

Por se tratar de um time multidisciplinar, muito provavelmente os membros trarão sugestões ainda melhores quando trabalharem mutuamente em um problema. 

Comunicação assíncrona e ferramentas de compartilhamento

Outra característica de um squad remoto é o modo como a comunicação ocorre entre os membros. Diferente de gestões mais tradicionais, os profissionais não precisam estar disponíveis para responder mensagens de imediato. 

Visando um maior aproveitamento de cada profissional, a comunicação ocorre de forma assíncrona. Então estar on-line é diferente de estar disponível. 

Dessa forma, você não precisa se preocupar em interromper um bom fluxo de trabalho ou de ideias para responder uma mensagem assim que ela chegar. Afinal, isso seria muito prejudicial para a sua produtividade, não é mesmo?

No entanto, para que essa comunicação funcione bem e mensagens importantes não se percam, é bem comum algumas práticas nos squads.

E aqui vale um adendo importante quanto às trocas de mensagens. Tome cuidado para que toda a informação escrita enviada para qualquer membro do time esteja em uma única mensagem. 

Para que a comunicação assíncrona de fato ocorra, é preciso eliminar o uso de mensagens avulsas de “oi, tudo bem?” onde o teor da conversa só é informado após a resposta de “bom dia”, por exemplo.

Logo após o “bom-dia” ou “oi, tudo bem?”, envie sua solicitação. Dessa forma, no momento em que o outro profissional visualizar sua mensagem, poderá responder ela por completo.

E, para que a comunicação feita por mensagens ocorra de forma fluída, o Slack, o Discord e o Zoho Cliq são ferramentas bastante utilizadas.

Sem contar que, como cada profissional trabalha no horário em que se sente mais produtivo, as dúvidas que surgem ao longo do processo precisam ser sanadas por meio de documentos previamente estruturados.

Então, as ferramentas de compartilhamento de documentos como o One Drive e o Google Drive serão suas melhores amigas caso você precise consultar alguma informação.

Reuniões ágeis 

As reuniões ágeis são os melhores recursos para que todo o time se mantenha na “mesma página” e “falando a mesma língua”. 

As reuniões podem ser semanais, quinzenais ou mensais, isso pode variar conforme o assunto. O tempo de duração da reunião, assim como a frequência também depende do tema a ser tratado.

Ao longo do projeto, você vai se deparar com 4 principais tipos de reuniões: as dailies, as sprint plannings, as sprint reviews e as sprint retrospective.

Veja a seguir as características de cada uma:

• Daily meeting: um bate papo rápido que ocorre diariamente, com duração de no máximo 15 minutos.

• Sprint planning: reunião onde você será realizado o planejamento do sprint.

• Sprint review: essa reunião serve para que o time ajuste processos, sempre pensando em melhorar o que não funcionou tão bem, eliminar o que não funcionou e potencializar o que deu certo nos próximos sprints.

• Sprint retrospective: nessa reunião, a equipe de desenvolvimento, juntamente com o dono do produto, analisam o que de fato deve ser mantido e eliminado para que o próximo sprint seja mais eficiente do que o anterior.

As Dailys precisam ser rápidas, com no máximo 15 minutos. Já as demais reuniões podem durar mais tempo, mas é fundamental que todos saibam exatamente o que será discutido e não ultrapasse muito tempo, pois em uma Gestão ágil é fundamental que as reuniões comecem e terminem no horário previsto.

Para que as reuniões, assim como a troca de mensagens funcionem adequadamente, é necessário o uso também de ferramentas de comunicação. Para as reuniões normalmente utiliza-se os seguintes recursos: Google Meet, Zoom ou Microsoft Teams, por exemplo.

Organização e uso de plataformas de gestão de projetos

E, claro, não podemos deixar de fora as plataformas de gestão de projetos, como o:

• Trello
• Asana
• Monday
• Click-up e afins. 

São nesses espaços que todo o time terá acesso a datas de entregas, tarefas em andamento, as próximas demandas, entregas aprovadas e trabalhos que precisam de ajustes.

Benefícios de trabalhar em um squad remoto

Para um squad remoto funcionar bem, é importante que você se adeque às características citadas acima. No entanto, uma vez adaptado a esses pilares da Gestão ágil de um squad, os benefícios são inúmeros.

Confira alguns deles:

• Você será cobrado pelo entregável: nesse modelo de equipe, o profissional é cobrado pelo entregável, isto é, pelo projeto e nem sempre pelas horas trabalhadas.

• Flexibilidade de horários: durante o período que a etapa do projeto estiver em andamento, não é necessário que o profissional de tecnologia fique disponível. Aqui o que vale é a entrega, sendo que o profissional poderá trabalhar no horário que for mais produtivo. 

• Liberdade geográfica: considerando os pilares de um squad, outro benefício que você terá nesse formato é a liberdade liberdade geográfica. Como não precisa estar disponível o tempo todo, precisa apenas dar conta da demanda no dia determinado, é possível escolher não apenas quando, mas também onde vai realizar suas tarefas.

• Não precisa prospectar clientes, nem se preocupar com cobranças: como todo o processo que envolve a parceria fica por conta da empresa conectar profissionais e clientes, como faz a Crowd, você não precisa se preocupar com a prospecção de clientes, pagamentos e outras etapas burocráticas. 

• Maior controle financeiro: quando você inicia em um projeto que se faz necessário um squad de tecnologia remoto, você consegue ter previsibilidade financeira, já que um contrato de prestação de serviço dura em média de 6 meses a 1 ano.

Como é o mercado para profissionais de tecnologia?

O mercado de tecnologia é um dos que mais tem contratado profissionais nos últimos tempos. O setor, que já era aquecido, foi ainda mais impulsionado em função da pandemia e dos novos hábitos de consumo que surgiram nesse período.

Com as pessoas fazendo suas compras on-line, as empresas se viram em um momento do qual o uso dos canais digitais se tornaram fundamentais para atrair e fidelizar os consumidores.

E, com o tanto de canais, recursos e opções disponíveis, não bastava ofertá-los, era necessário também garantir uma excelente experiência do usuário.

Foi devido a essa demanda que as empresas passaram a montar times de profissionais que pudessem desenvolver plataformas e aplicativos capazes de garantir a experiência que os clientes têm buscado em suas jornadas de compra. 

Então se você deseja fazer parte de um squad de tecnologia, saiba que a Crowd é especialista em montar esse modelo de equipe para as empresas. E, se você ainda não tem todas as habilidades e conhecimentos necessários a hora de começar é agora. 

Há vários cursos que podem ajudar você a iniciar uma carreira de sucesso em tecnologia. Tem ainda aqueles mais focados na agilidade que também são opções interessantes para quem está interessado em atuar em um squad.

Agora você já sabe como é ser freelancer em um squad de tecnologia! Deseja fazer parte de times remotos? Cadastre-se gratuitamente na plataforma Crowd para receber propostas de jobs de tecnologia.