Sou um profissional experiente, mas tenho medo de ser freela. Vale a pena ser freelancer?

Por Crowd em

02/02/2022 -

Tempo de leitura: 11 min

Você tem o conhecimento e a prática de mercado; já trabalhou em diversos projetos que te deram orgulho e muito aprendizado. 

Agora, está em busca de novos horizontes, de se colocar em outros desafios e alcançar níveis diferentes. 

Depois de algumas pesquisas, você percebeu que o trabalho como freela é uma alternativa muito atraente.

O currículo, portfólio e trajetória contam muito a seu favor. Mas, lá no fundo, ainda persiste aquela dúvida: será que realmente vale a pena ser freelancer?

Com este conteúdo, esperamos que você fique preparado e confiante para tomar a sua decisão de carreira. Veja sobre o que vamos conversar:

Vale a pena ser freelancer? 3 motivos indicam que sim

Vale a pena ser freelancer? 3 motivos indicam que sim

Assim como acontece com qualquer escolha profissional, a transição é uma decisão que precisa ser bastante refletida. 

Mas alguns pontos são bastante positivos em relação ao mercado e indicam que vale a pena ser freelancer. Confira:

1. O mercado está movimentado

Recentes pesquisas apontam que o número de trabalhadores freelancers e de oportunidades nesta modalidade cresceu.

Com as reformas que ocorreram nos últimos anos, aumentou o leque de trabalhos que podem ser terceirizados pelas empresas.

Dessa forma, as organizações estão contratando mais pessoas que oferecem serviços de forma autônoma.

Portanto, o cenário é promissor para quem quer trabalhar como freela.

2. A tecnologia ajuda o freelancer

Rodrigo Kermessi é freelancer há cerca de 20 anos como designer gráfico. Em entrevista à Você S/A, ele conta como os processos do trabalho evoluíram com os recursos tecnológicos:

“Tinha clientes que exigiam reuniões presenciais para combinar o projeto. Eu precisava fazer as entregas em HDs externos, porque a internet não era muito veloz. Hoje, tem casos que eu nunca nem vi a cara de quem me contratou, e tudo bem. Meu trabalho segue normalmente”. 

Outro ponto relacionado à pandemia diz respeito à rápida aceleração da tecnologia voltada ao trabalho.

A exigência do trabalho remoto para boa parte das empresas “forçou” uma veloz digitalização dos processos organizacionais.

Com isso, muitas operações realizadas nas empresas presencialmente puderam ser feitas fora dela, em qualquer lugar.

Além de evoluir processos, a digitalização abriu novas portas para quem trabalha como freelancer.

Agora, trabalhos que eram feitos exclusivamente no modo presencial apenas por cultura organizacional ou convenção passaram a ser aceitos de maneira remota.

Computação em nuvem, ligações de qualidade pela internet, acesso às redes corporativas e ferramentas de organização de trabalho são apenas alguns exemplos de recursos tecnológicos que favorecem o trabalho freelancer.

A tendência é que eles evoluam ainda mais e, assim, o panorama é positivo para quem atua de maneira independente.

3. Você é dono da sua própria carreira

Autonomia para trabalhar em qualquer lugar e a qualquer hora é uma das grandes vantagens sobre o universo freelancer.

É claro que isso não quer dizer que o profissional não tem horário, nem prazos a cumprir.

Mas conseguir encontrar os melhores momentos da rotina para executar as tarefas é um dos grandes trunfos dessa modalidade.

Além disso, ser dono da própria carreira significa que você tem mais flexibilidade para escolher os caminhos e traçar novos rumos.

Então, o freelancer desfruta de mais liberdade para se planejar profissionalmente, buscar atualizações no mercado que sejam realmente relevantes e elaborar estratégias que façam sentido para ele. 

Quando não vale a pena ser freelancer 

Existem pessoas que se preparam a vida toda para prestar concurso público e viver na sua estabilidade; há aqueles que sonham com uma carteira assinada e o 13º garantido no fim do ano.

No mercado, também tem profissionais que desejam viver a autonomia do trabalho freelancer.

Mas, da mesma maneira que as outras opções demandam um perfil de profissional, o freela precisa ter algumas características.

Kátia Cristina Fernandes, tradutora e revisora, deixou o emprego em uma multinacional e apostou no trabalho autônomo. 

Em entrevista à Gazeta de São Paulo, ela relata as alegrias e os desafios de ser freelancer:

Eu era compradora internacional e, ao me tornar mãe de gêmeos, precisei deixar a empresa e comecei a trabalhar como freelancer, por meio de plataformas. Dentre as vantagens, está o fato de que, hoje, eu posso me considerar uma nômade digital, pois posso trabalhar de qualquer lugar, além de estar próxima aos meus filhos. Por outro lado, não é fácil conciliar todos os compromissos”.

Ser freelancer exige muito do profissional. Além de habilidades técnicas, é preciso ser gestor do seu tempo e da sua própria carreira.

O desafio maior é: quando um profissional decide deixar a carreira corporativa ou o serviço público para se tornar freelancer ele está deixando de ser um funcionário para se tornar um empreendedor. 

Logo, o freelancer precisará realizar sozinho diversas atividades que empresas fazem para se manterem no mercado:

  • Entender seu diferencial e comunicá-lo de modo eficaz ao mercado.
  • Criar e fortalecer sua presença online e reputação para crescer e conseguir mais jobs.
  • Saber fazer abordagem de vendas e participar de chamadas com potenciais clientes.
  • Estruturar, precificar e vender seus serviços.
  • Elaborar e apresentar propostas comerciais aos potenciais clientes.
  • Atender o cliente após a venda do serviço até o fim do projeto.
  • Pensar em como escalar o seu negócio para não depender apenas das horas trabalhadas.
  • Estabelecer metas, trabalhar para alcançá-las e mensurar seu progresso.

Por isso, é recomendado se preparar com calma para fazer essa transição tranquilamente. 

Contudo, nem sempre é possível realizar essa preparação e o profissional precisa empreender por necessidade. Nesses casos, é importante estar aberto a adquirir conhecimentos que o ajudem a realizar as atividades listadas acima ao longo da sua jornada.

O que você precisa saber sobre ser freelancer

O que você precisa saber sobre ser freelancer

Com base nessas informações que trouxemos acima, é importante dizer que ser freela exige disciplina, organização e autogerenciamento.

O trabalho como freelancer deve ser encarado como qualquer outra atividade profissional. A seriedade, o compromisso e o profissionalismo são seus pré-requisitos.

Portanto, nada de pensar que ser um autônomo, nômade digital ou profissional independente vai tirar as suas responsabilidades com prazos e demandas, viu?

A exigência pode ser, inclusive, maior do que ocorre em outras modalidades de trabalho.

Então, é importante entender algumas nuances deste mercado para que você possa saber se esta é, de fato, uma opção para a sua carreira.

Além de especialista, o freelancer tem que ser estrategista 

Um dos grandes obstáculos de muitos profissionais que atuam de maneira autônoma não está relacionado às suas habilidades técnicas.

O freelancer é, geralmente, um grande entendedor do seu trabalho e pode executá-lo com tranquilidade.

Mas estratégia de carreira é uma das tarefas mais desafiadoras para o freela. Isto é, existe grande dificuldade em traçar objetivos e planos para que eles sejam alcançados.

Quanto o profissional espera ganhar em 5 anos? Quais conhecimentos e habilidades precisa para esta meta? Que outros recursos podem ser necessários nesta empreitada?

Uma ferramenta muito importante para o freelancer é a prospecção de clientes — e talvez este também seja um verdadeiro “calcanhar de Aquiles” para ele.

Isso acontece porque as habilidades comerciais, o marketing pessoal e até mesmo a capacidade de autopromoção não são devidamente desenvolvidas em muitos profissionais.

É comum que o freela foque em aprender e se especializar tecnicamente sobre a sua área. 

Mas é imprescindível que ele estude e entenda sobre como conseguir novos jobs, como se comunicar com potenciais clientes e de que maneira ele deve se comportar profissionalmente.

Portanto, além de ser ótimo tecnicamente em seu campo profissional, o freelancer deve ser um estrategista no desenvolvimento de sua própria carreira.

A abertura de CNPJ é importante

Lembra que falamos sobre o aumento da terceirização dos trabalhos? Pois é. Aí que entra a necessidade de ter um CNPJ.

O cadastro de pessoa jurídica é importante, dentre outros fatores, para que o freela emita a nota fiscal. Empresas que contratam freelancers precisam da sua emissão para formalizar a prestação e, então, pagar pelos trabalhos realizados.

Portanto, sem CNPJ, o profissional fecha as portas para este tipo de cliente, restringindo bastante o seu potencial de mercado.

Com a criação do Microempreendedor Individual (MEI) em 2008, houve significativa desburocratização para a abertura do CNPJ.

Formalizando-se como MEI, o freelancer:

  • Paga um imposto fixo mensal menor do que os tributos de outros tipos de empresa
  • Tem direitos garantidos como auxílio-doença e salário-maternidade
  • Pode abrir conta bancária jurídica
  • Profissionaliza a sua imagem frente a clientes e fornecedores, com o CNPJ
  • Pode ter até 1 funcionário registrado 
  • Entre outros benefícios

É preciso observar as atividades permitidas para a inscrição no MEI, o limite anual de faturamento e outras condições.

Caso você não se encaixe nos requisitos para ser MEI, busque o auxílio de um escritório de contabilidade de confiança para te ajudar a entender qual tipo de empresa se enquadra melhor às suas atividades. Há também as contabilidades digitais, como a Agilize e a Contabilizei.

Organização financeira é imprescindível

Se na vida pessoal a organização financeira já é importante, no orçamento do freelancer ela é fundamental.

Isso acontece porque podem ocorrer flutuações na quantidade de jobs — e, então, a sua remuneração também pode variar de mês a mês.

Ao contrário do que acontece com o empregado ou concursado que têm uma renda fixa, por exemplo, o freela só ganha por aquilo que efetivamente faz.

Assim, se há menos trabalho em um mês, os seus ganhos diminuem.

Por outro lado, o profissional pode ter períodos de bastante prosperidade em sua renda — e é justamente aqui que ele deve ter atenção redobrada.

Nos meses de melhor faturamento, o freela deve fazer a sua reserva financeira. Isto é, uma quantia a ser guardada para eventuais problemas financeiros futuros.

Mas, como é feita a reserva financeira? 

Os mais precavidos podem reservar o equivalente a 12 meses da sua renda mensal, por exemplo. Alguns especialistas recomendam entre 3 e 6 vezes o ganho do mês.

Então, o valor para este fundo depende bastante do perfil do profissional.

https://www.youtube.com/watch?v=NhEjCiX22KU

Além da reserva, outro ponto é crucial para o freelancer: “salário” e outros recebimentos.

Como vimos, o faturamento do freela pode variar bastante. Nesse sentido, é interessante criar um “salário fixo” mensal.

Ser freelancer é uma caminhada solitária 

Ainda que tenha contato constante com outras pessoas, o freelancer segue o seu próprio caminho. Isto é, ele tem os seus objetivos, suas metas e estratégias para alcançá-los.

Então, a sua rotina muitas vezes é mais isolada do mercado de trabalho em comparação a outros trabalhadores.

Ao mesmo tempo em que a característica pode ser um benefício para os mais introvertidos, ela é um desafio de socialização.

Portanto, é importante que o freelancer esteja aberto a conhecer e conversar com novos profissionais, mantendo-se atualizado.

Inclusive, um networking consolidado é bastante eficaz para a manutenção do freela no mercado e para o encontro de melhores oportunidades de trabalho.

Assim, ainda que consiga reservar bastante de sua rotina e trajetória, é fundamental que o freelancer possa explorar mais o seu campo de atuação. 

Como ser um profissional freelancer de sucesso

Até aqui, você pode conferir que existem motivos sólidos que indicam que ser freelancer vale a pena — como as boas perspectivas do mercado, digitalização do trabalho e autonomia na carreira. 

Viu, ainda, que é essencial ter um perfil disciplinado, organizado e autogerenciável para este formato.

Agora, se você se decidiu pela vida de freelancer, temos algumas dicas adicionais que serão relevantes para ter sucesso com o trabalho:

A nossa dica final é: cadastre-se em plataformas de freelancers, como a Crowd, Workana, 99Freelas, Marfin, Rock Content, Contentools ou Creators.llc.

Aqui, na Crowd, temos uma completa infraestrutura para fazer a intermediação entre empresas e freelas.

Profissionais experientes, inclusive, podem ter um bom fit em projetos de squads remotos que, geralmente, têm maior duração e remuneração.

Se você se identificou com a carreira freelancer, dê seu próximo passo: comece sua jornada de sucesso com a Crowd cadastrando-se aqui.

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